22 de dez. de 2022

TAG: 50% - SOBRE AS MINHAS LEITURAS DO 2° SEMESTRE DE 2022.


Faltam 04 dias para o Natal.... E acabou-se o ano! E antes que eu esqueça eu irei responder a segunda parte da TAG dos 50% que basicamente se trata de fazer um balanço dos livros lidos nesses últimos 6 meses.




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📚 O melhor livro que você leu no 2°semestre, em 2022.

- O melhor livro que eu li no 2° semestre do ano foi Os Sete Maridos de Evelyn Hugo escrito por Taylor Jenkins Reid. Eu procrastinei em começar essa leitura por todo o "hipe" ao redor desse livro e não me arrependi.


📚 A melhor continuação que você leu no 2°semestre, em 2022: Algum lançamento do segundo semestre que você ainda não leu, mas quer muito.

- Eu comecei a ler a trilogia Cidade dos Fantasmas da Victoria Elizabeth Schwab. Eu ainda estou lendo A Cidade dos Fantasmas (livro 01) e estou adorando a escrita envolvente da autora.


📚 O livro mais aguardado do segundo semestre.

Não sei...

📚 O livro que mais te decepcionou esse ano.

- A leitura do livro Jantar Secreto tem uma narração bastante fluida... Depois do 67% a história desandou demais, aconteciam coisas que nem em um mundo de ficção passariam despercebidas, situações que não tinham finalidade alguma, capítulos e mais capítulos pra encher linguiça que fez a história se arrastar e em outros momentos era muito rápido. O plot não funcionou comigo... mesmo o autor tendo um raciocínio bastante lógico), o autor deixa muitas pistas óbvias ao longo da história e falta pouco esfregar a verdade na cara do leitor.


📚 O livro que mais te surpreendeu esse ano.

- O Menino que Pintava Sonhos recebido em parceria com o autor Duca Leindecker leva o leitor a uma imaginação abstrata e ao mesmo tempo simples e significativa à vida do personagem Jules, que enfrenta um mundo repleto de desafios, perdas insubstituíveis e sonhos alcançáveis. Traz consigo também a vontade de vencer a cada dia, independente do que espera no amanhã.



📚 Novo autor favorito (que lançou seu primeiro livro nesse semestre, ou que você conheceu recentemente).

A escrita da Victoria Elizabeth Schwab foi algo que me conquistou nesse segundo semestre embora eu não seja o seu público alvo....

📚 A sua quedinha por personagem fictício mais recente.

A personagem Evelyn Hugo do livro Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é uma personagem apaixonante...

📚 Seu personagem favorito mais recente.

Eu gosto muito da  Cassidy Blake é uma protagonista adolescente, com todas as problemáticas de uma adolescente sem ser maçante... A Cass é uma adolescente que vive uma rotina simples e tranquila com seus pais no subúrbio. Sua vida é perfeitamente normal exceto pelo fato de ela conseguir se mover, através do Véu, entre o mundo dos vivos e o do mortos – Durante a narrativa, a autora descreve esse acontecimento como um sintoma do stress pós traumático - Espero que a autora desenrole um pouco mais sobre esse assunto e com um amizade improvável com um fantasma chamado Jacob.

📚 Um livro que te deixou feliz nesse segundo semestre.

Esse livro, O Exorcismo da Minha Melhor Amiga caiu literalmente no meu colo no meu 2° dia da Bienal do livro/SP esse ano. Esse livro, não se contenta em apenas evocar a atmosfera dos anos 1980, mas se preocupa em recriar o contexto social da época.


📚Melhor adaptação cinematográfica de um livro que você assistiu até agora, em 2021.

Quando eu terminei a leitura do livro O Exorcismo da Minha Melhor Amiga eu soube que a Amazon Prime Video iria fazer uma adaptação literária ou filme inspirado no livro e fiquei bastante ansiosa e já sabia que iria amar esse filme com todas as minhas forças.

📚 Sua resenha favorita desse segundo semestre (escrita ou em vídeo).

O Menino que Pintava Sonhos recebido em parceria com o autor Duca Leindecker [Resenha]. Descobri os livros do Duca Leindecker no dia do show aqui em Florianópolis/SC e propus uma parceria com o Expresso literário (blog/instagram) e ele me presenteou com o livro para resenhar aqui no blog.




17 de dez. de 2022

Resenha: A Vida Mentirosa dos Adultos - Elena Ferrante

 

"Dois anos antes de sair de casa, meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia..."



A Vida Mentirosa dos Adultos é um romance Young Adult escrito por Elena Ferrante que foi lançado no Brasil pela editora Intrínseca. O livro é um romance que acompanha os anos de transformação da protagonista, Giovanna, de adolescente para adulta. A narrativa é instigante de uma maneira que é difícil parar de ler

No começo da adolescência, esses adolescentes estão desenvolvendo novos pensamentos e comportamentos. As opiniões dos pais ou dos responsáveis embora seja muito contestada ainda é levado muito em consideração no início da pré adolescência. Quando Andrea fala em um tom irônico “Giovanna, está ficando feia que nem Vittoria.” que sempre foi um grande tabu na família. Ao escutar a conversa, no entanto, Giovanna passa a sentir uma enorme atração por essa tia, que vai insistir em conhecer. Praticamente toda a família linear tem um parente que é a “ovelha negra”, quando o comportamento e a personalidade de determinado membro familiar não condizem com os valores impostos por sua família. A “ovelha negra” da família é Vittoria a irmã que seu pai não tem muito contato... Mas, ao ser comparada com essa tia Giovanna quer encontrar qual é essa semelhança que o pai estava enxergando nelas duas... Giovanna começa a criar uma relação com Vittoria que desmitificando a história e demonstra o outro lado... A tia mora em um bairro mais pobre de Nápoles e não pertence a elite intelectual em que Giovanna foi criada.  A Ferrante faz um critica sutil entre as duas camadas de uma sociedade onde tanto a Giovanna quanto a Vittoria estão inseridas. Embora, Vittoria seja uma pessoa “xucra” de conhecimento ela se demonstra menos hipócrita quanto a sociedade rica em que Giovanna foi inserida...  A tia Vittoria começa a jogar as verdades da família e dos pais de Giovanna que eram considerados verdades absolutas para uma garota pré-adolescente.



Título: A Vida Mentirosa dos Adultos
Autora: Elena Ferrante
Ano: 2020
Páginas: 430
Idioma: Português
Editora: Intrínseca
Genero: Romance
Avaliação: 
☕☕☕☕☕



Sinopse: As mudanças no rosto de Giovanna anunciam o início da adolescência e não passam despercebidas em casa. Dois anos antes de abandonar a família e o confortável apartamento no centro de Nápoles, Andrea não se dá conta do que sentencia quando sussurra para a esposa que a filha é muito feia. Essa feiura estética, mas que também indica uma possível falha de caráter, recai sobre Giovanna como uma herança indesejável de Vittoria, a irmã há muito renegada por Andrea. Aos doze anos, a menina vê um rosto no espelho e, embora não compreenda a fundo o peso daquela comparação, sente que algo está irremediavelmente à beira de um abismo.

“Vittoria, Vittoria, eu não sabia o que pensar, ela era realmente como meus pais a descreviam. Ela a havia tirado de mim, que era sua sobrinha, e, embora parecesse que não podia viver sem ela, dera a pulseira à afilhada. Como a joia brilhava no pulso de Giuliana, como ganhava valor.”[4]

Elena Ferrante é o pseudônimo de uma escritora italiana, cuja identidade é mantida em segredo. Especula-se que seja uma tradutora. A autora concede poucas entrevistas, todas elas por escrito e intermediadas pelas suas editoras italianas. Nelas, explica que optou pelo anonimato para poder escrever com liberdade, e também para que a recepção de seus livros não seja influenciada por uma imagem pública. Especula-se, com base nas suas obras, que tenha nascido em Nápoles, uma vez que livros como a tetralogia "Série Napolitana", trazem uma descrição detalhada da cidade e de seus costumes. Através de suas obras, é possível perceber que Elena Ferrante apresenta um sólido conhecimento dos autores clássicos gregos e latinos.

“Foi assim que, aos doze anos, soube pela voz do meu pai, sufocada pelo esforço de mantê-la baixa, que eu estava ficando igual à sua irmã, uma mulher na qual – eu o ouvira dizer desde sempre – feiura e maldade coincidiam perfeitamente”.

O livro A Vida Mentirosa dos Adultos é o meu primeiro contato com a autora Elena Ferrante. A grande sacada do livro A Vida Mentirosa dos Adultos é gerar uma reflexão; do papel da mulher na sociedade e das verdades absolutas que te contam durante a vida através de uma personagem que está entrando na adolescência até a vida adulta. Enquanto leitora eu me vi pegando na mão da Giovanna e levando tombo atrás de tombo durante a narrativa Eita Giovanna... resume a vida daquela criança para a pré adolescência que além das mudanças físicas, comportamentais e psíquicas o mundo real estava virando de cabeça para baixo! É um livro que te faz sentir vários sentimentos durante toda a narrativa.

16 de dez. de 2022

PRIMEIRAS IMPRESSÕES #19 : A Cidade dos Fantasmas - Cassidy Blake #01

A cidade dos fantasmas é um livro de fantasia young adult de escrito por Victoria Schwab que foi lançado no Brasil pela editora Galera RecordA cidade dos fantasmas é o primeiro livro da trilogia jovem adulto sobre Cassidy Blake, onde conhecemos a origem do seu dom, a descoberta de seu propósito e tomamos vários sustos numa cidade cheia de histórias e, é claro, fantasmas.


Seus pais são os conhecidos Espectores, uma famosa dupla de caça-fantasmas. No entanto, em segredo, quem realmente consegue ver – e se comunicar – com os espíritos é a própria Cass. Cassidy Blake vive uma rotina simples e tranquila com seus pais no subúrbio. Sua vida é perfeitamente normal – exceto pelo fato de ela conseguir se mover, através do Véu, entre o mundo dos vivos e o do mortos e por ter como melhor amigo Jacob, um fantasma. Quando seus pais são convidados por uma emissora de televisão para apresentar um programa sobre os lugares mais assustadores do mundo, seu cotidiano virar de cabeça para baixo. Em pouco tempo, estão todos – Cassidy, seus pais, seu melhor amigo fantasma e Ceifador, seu gato – em direção à super assombrada Edimburgo, na Escócia, a primeira parada do roteiro do programa... e situações fora do comum começam a acontecer.



Victoria Elizabeth (V. E.) Schwab (nascida em 7 de julho de 1987) é uma escritora e criadora de conteúdo americana. Ela é mais conhecida pelo romance de 2013 Vicious, a série Shades of Magic, A Vida Invisível de Addie LaRue e seus livros de ficção para crianças e jovens publicados sob o nome Victoria Schwab. Ela também é a criadora e show runner (ao lado de Felicia D. Henderson) da série First Kill, baseado em um conto que ela escreveu para a antologia Vampires Never Get Old: Tales With Fresh Bite.


As primeiras 100 páginas... passaram velozmente mesmo que a narrativa estava se estabelecendo e explicando. A leitura é bastante fluida com um ritmo desenvolto. Eu gosto muito da Cass. A Cassidy Blake é uma protagonista adolescente, com todas as problemáticas de uma adolescente sem ser maçante... A Cass é uma adolescente que vive uma rotina simples e tranquila com seus pais no subúrbio. Sua vida é perfeitamente normal exceto pelo fato de ela conseguir se mover, através do Véu, entre o mundo dos vivos e o do mortos – Durante a narrativa, a autora descreve esse acontecimento como um sintoma do stress pós traumático - Espero que a autora desenrole um pouco mais sobre esse assunto e com um amizade improvável com um fantasma chamado Jacob.

“Sem dúvida já estive em lugares onde sentia bastante a presença do Véu,
 mas nunca forte o suficiente para me puxar, nunca forte o suficiente para me fazer atravessar.”

Vou continuar a leitura pois quero saber mais sobre as descobertas da  Cassidy Blake e as suas aventuras com o Jacob que está com um ar de confusão durante essa leitura. 


7 de dez. de 2022

Resenha: Flores para Algernon.


“inteligência e educação sem doses de afeto humano 
não valem droga nenhuma.”


O livro Flores para Algernon é narrado por Charlie Gordom um homem de 30 e poucos anos de idade que tem uma deficiência intelectual. Não temos muitos detalhes precisos sobre diagnósticos e o livro não se prende em "rotular" Charlie.

Aviso de conteúdo: Esse livro contém gatilhos pois fala sobre: Saúde Mental, sofrimento psíquico violência na primeira infãncia, Bulling e suicídio. A relação social de uma pessoa com Deficiência Intelectual. A Crueldade e a falta de empatia das pessoas "normais" com pessoas deficientes intelectuais como o Charlie...

Os Capítulos são escritos em formato de "Relatório de Progresso" que ele vai descrever sobre o seu dia-a-dia antes de passar por um experimento cientifico. As relações sociais de Charlie Gordom tornaram-se tão superficiais no decorrer da história, que não vejo como "personagens importantes" para a evolução do personagem... Doutor Strauss e o professor Nemur foram os responsáveis pelo experimento cientifico; Alice professora do Instituto para jovens retardados. A artista que era vizinha de apartamento do Charlie.

Que estranho é o fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem problema em maltratar um homem com pouca inteligência.

Flores para Algernon é o título de um conto de ficção científica e romance do escritor americano Daniel Keyes. O conto, escrito em 1958 e publicado pela primeira vez na edição de abril de 1959 da Revista de Fantasia e Ficção Científica , ganhou o Prêmio Hugo de Melhor Conto em 1960. O romance foi publicado em 1966 e foi co-vencedor do mesmo ano Prêmio Nebula para Melhor Novela (com Babel-17 ). Algernon é um rato de laboratório que passou por uma cirurgia para aumentar sua inteligência. A história é contada por uma série de Relatórios de Progresso escritos por Charlie Gordon, o primeiro sujeito humano para a cirurgia, e aborda temas éticos e morais, como o tratamento de deficientes mentais



Flores para Algernon
Autor: Daniel Keyes
Tradutora: Luisa Geisler
Editora: Aleph
Ano de publicação: 1966
Ano desta edição: 2018
288 páginas
Avaliação: ☕☕☕☕☕

Sinopse: Uma cirurgia revolucionária promete aumentar o QI do paciente. Charlie Gordon, um homem com deficiência intelectual grave, é selecionado para se o primeiro humano a passar pelo procedimento. Em um avanço científico sem precedentes, a inteligência de Charlie aumenta tanto que ultrapassa a dos médicos que planejaram o experimento. Entretanto, Charlie passa a ter novas percepções da realidade e começa a refletir sobre suas relações sociais e até sobre o papel de sua existência.


Daniel Keyes (9 de agosto de 1927 - 15 de junho de 2014) foi um escritor americano que escreveu o romance Flores para Algernon . Keyes recebeu a homenagem de Autor emérito da Science Fiction and Fantasy Writers of America em 2000.

Até um homem de mente fraca quer ser como os outros homens. Uma criança pode não saber como se alimentar, ou o que comer, mas ela conhece a fome.

A minha identificação com a história deu-se pelo fato de eu ser formada em Psicologia e ouvir muitas vezes durante a minha graduação o "nojinho" presente nos relatos dos estagiários em trabalhar com saúde mental. Ao decorrer da narrativa de Charlie Gordon eu lembrei da frase de Carl Jung "Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.". Faltando alma naqueles personagens cheios de diplomas e teorias...


Mas, lidando com as pessoas com deficiência intelectual como sendo apenas objetos de estudo. O Charlie Gordon é um personagem encantador e muito bem construído. Ele é um personagem tão bom, mesmo depois de se tornar um gênio. O ruim são as pessoas em sua volta... Principalmente depois dos resultados do experimento. Durante a leitura percebemos que avanço intelectual não quer dizer desenvolvimento emocional e social. E esse foi um fator importante na construção do personagem.


“Não mimporto muito em ser famoso. Só quero ser esperto como as outras peçoas para poder ter amigus que gostam de mim.”

Apesar de sabermos que, no fim do labirinto, a morte nos aguarda (e isso é algo que nem sempre soube, até pouco tempo atrás, pois o adolescente em mim pensava que a morte acontecia só com outras pessoas), vejo agora que o caminho escolhido pelo labirinto me faz quem sou. Não sou apenas uma coisa, mas também uma maneira de ser – uma das muitas maneiras –, e saber os caminhos que percorri e os que me restam vai me ajudar a entender o que estou me tornando. No inicio, vimos um Charlie que trabalha na padaria Donner. Em suas relações sociais vimos personagens tão sujos, que se aproveitavam da falta de intelectualidade e ingenuidade do Gordon, pessoas que se diziam amigos, mas na verdade só usavam-no como motivo de piada. Charlie estuda 3x por semana Instituto Beekmin para adultos retardados.

“Se você é intelijente você podi ter muitos amigos pra conversar e você nunca fica solitário sosinho o tempo todo.”


Enquanto leitor, nós conseguimos sentir as nuances dos sentimentos e pensamentos de Charlie pelos Relatórios de Progressos escritos por ele mesmo, com alguns erros de português. No inicio, devido a sua deficiência intelectual e depois do experimento cientifico quando ele chegou no topo da inteligência e percebe a sua verdadeira relação com o ciclo social onde ele estava inserido... O livro Flores para Algernon tem uma escrita muito peculiar. Esse livro, não vai falar de invenções loucas ou viagens no tempo, nem nada desse tipo. Trata-se de uma ficção científica mais psicológica. Porém, não criem expectativas durante a leitura e mantenham-se conectados com o Charlie com todas as suas nuances de pensamentos e sentimentos.

Resenha: Nós e as Estrelas - Kelsey Oseid.

“Ligar os pontos. Minha mãe dizia que olhar as estrelas tinha a ver com isso. Lá em cima é como aqui embaixo, Jackie. Você precisa procurar as coisas que nos conectam...".

(Em Algum Lugar Nas Estrelas - Clare Vanderpool)


Você já parou para pensar o quanto do ritmo de nossas vidas é conduzido e determinado, dia após dia, por estrelas, planetas, cometas e constelações? Já se deu conta da sorte de nossa existência e de quão ínfimos somos diante de um universo aparentemente infinito e repleto de mistérios, muitos deles que mal começamos a entender? Uma viagem pelo céu, que procura investigar corpos celestes, mitos e histórias que criamos para tentar compreendê-los, esta é a proposta da artista Kelsey Oseid em seu deslumbrante livro Nós e as Estrelas.

Combinando arte, mitologia e ciência, Nós e as Estrelas proporciona um passeio de encher os olhos pelo céu em suas mais de cem ilustrações originais, pintadas à mão, acompanhadas de uma prosa informativa e lúdica que entrelaça lendas e mitos relacionando-os com fatos científicos. “Nossas antigas teorias sobre como o Universo funcionava eram imperfeitas, mas observar as estrelas foi a chave para algumas das conquistas mais importantes da humanidade”, escreve a autora na introdução da obra.



Nós e as Estrelas
Autor: Kelsey Oseid
Editora: Darkside Books
Avaliação: ☕☕☕☕☕






Vamos passear por noites estreladas para desbravar constelações, planetas, estrelas, cometas, asteroides, o Sol e a Lua, além de conhecer fenômenos celestes menos familiares como os planetas externos ao Sistema Solar, as nebulosas e o espaço profundo. A arte de Kelsey Oseid nos convida a revisitar a magia e o mistério que cobrem a nossa cabeça e, junto com uma narrativa atraente, proporciona o diálogo entre a razão e os nossos desejos, e reflete sobre o papel que a percepção humana teve e continua a desempenhar no mapeamento do céu.



Kelsey Oseid é ilustradora, autora e naturalista amadora. Suas ilustrações a guache enfocam assuntos da história natural, como taxonomia, biodiversidade e taxidermia, bem como assuntos relacionados, como astronomia e as formas como os humanos se relacionam com o mundo natural. Nós e as Estrelas é seu primeiro livro. É autora também de Whales:An Illustrated Celebration (2018), que explora o universo das baleias, golfinhos e botos, e de Nests, Eggs, Birds: An Illustrated Aviary (2020), dedicado aos pássaros. Ela mora em Minneapolis com o marido, Nick, e o filho. Saiba mais em kelzuki.com.

Nós e as Estrelas é também um convite para que possamos ficar cada vez mais sensíveis à magia que nos cerca, capazes de captar os sinais invisíveis e as silenciosas melodias do universo. A mágica dos astros e de suas constelações espelha a nossa: somos todos parte do mesmo extraordinário e insondável mistério. Uma obra encantadora que certamente vai despertar a curiosidade de bruxas, bruxonas, bruxos e bruxinhas interessados em aprender mais sobre o espaço sideral e aquilo que o constitui. Boa viagem! Coleção Magicae na DarkSide Books celebra a vida, as fases da lua, as marés internas e os mistérios dos oráculos. Livros repletos de encantamento que honram os poderes ancestrais e cultuam as leis da natureza. A magia que mora no farfalhar das folhas, na alquimia dos aromas, no sopro do vento e no virar das páginas também existe em todos nós. Magicae é o reencontro com a nossa própria essência.

2 de dez. de 2022

Resenha: Um príncipe de Natal para Mim - Ingrid Spinoza.

Afinal, era apenas uma viagem de Natal, o que poderia dar errado?


O conto Um Príncipe de Natal para Mim tem uma narração em 1° pessoa. Esse tipo de narrativa, leva o leitor a uma imaginação abstrata e ao mesmo tempo simples e significativa à vida da personagem Kyra que morava com a sua irmã gêmea Tali em Los Angeles.

Os personagens principais da história são; As irmãs gêmeas Kyra e Tali que tem 26 anos e moram juntas em Los Angeles. No primeiro momento, podemos perceber que a Kyra além de trabalhar no escritório de contabilidade é responsável em administrar a casa e sua irmã gêmea. Kyra e Tali são aquele tipo de irmãs gêmeas que de parecidas só tem a aparência mesmo. Tali era o lado festeiro que a Kyra nunca teve. Mesmo aos 26 anos, emprego e estabilidade financeira nunca foi sua prioridade. Fazia uma semana que Tali fora demitida da cafeteria onde trabalhava meio expediente.


Um príncipe de Natal para mim
Autor: Ingrid Spinoza
Formato: eBook Kindle
Editora: Independente
Número de Páginas: 83
Avaliação: ☕☕☕☕.





Sinopse: Kyra tinha uma vida pacata e sem graça em Los Angeles. Com a morte da mãe, ela tomou a responsabilidade de cuidar da irmã gêmea. Tali havia começado um relacionamento a distância, mas ainda não conhecia o namorado e sua família. Tudo ia bem, até o momento em que Kyra decide aceitar o acordo feito por sua irmã e vai em seu lugar conhecer o príncipe da Noruega, fingindo ser Tali. Afinal, era apenas uma viagem de Natal, o que poderia dar errado?

Ingrid Spinoza, tenho 22 anos e sou formada em Jornalismo e pós graduanda em Marketing. Moro em Sumaré, interior de São Paulo e sou diretora do Balanço Geral Manhã, na Thathi Record TV, afiliada da TV Record em Campinas. Sempre amei a leitura e a escrita, tanto que criei um perfil literário para falar sobre livros no Instagram @cantinhodaspinoza.


Embora o conto Um Principe de Natal para Mim aconteça na Noruega eu senti falta durante a narrativa que a historia seja ambientada na Noruega com os pontos turísticos do pais. A percepção desse conto é que o relacionamento entre irmãos mostra-se muito forte durante toda a narrativa tanto na vida da Kyra quanto o Lucca que era o Príncipe da Noruega e tinha responsabilidades com a corte... Mas, gostaria de ser apenas um irmão mais presente na vida dos seus irmãos menores. Embora, a responsabilidade sejam dos pais o amor fraternal é importante para o desenvolvimento social das crianças menores.


Ebook recebido em parceria com o autora Ingrid Spinoza
Muito obrigada pela oportunidade!

21 de nov. de 2022

🏆Tag Literária - Copa do Mundo


Oi, pessoal! Aproveitando que a Copa do Mundo está chegando e eu amo futebol, decidi trazer essa tag, criada pela @livrosefloresdavivi, e que eu vi no perfil da @saraheseuslivros.




⚽ Goleiro: Convoque um livro para defender a literatura brasileira.

Feliz ano velho é um romance brasileiro de autoria de Marcelo Rubens Paiva lançado em 1982. Trata da experiência autobiográfica do autor, que relata o acidente que o deixou tetraplégico depois de um mergulho em um lago às margens da Rodovia dos Bandeirantes, em 14 de dezembro de 1979,

⚽ Zagueiros: Convoque dois livros para afastar os adversários e vencer a ressaca literária.

Os livros de graphic novel e Infanto juvenil sempre me tiram das ressacas literárias... Eu escolhi O Principe e a Costureira e Coraline que foram livros que me deram um gas nas leituras do ano.

Laterais: Convoque dois livros que foram avançando e ganharam o seu coração.

O livro A Menina Submersa tem uma narração intrigante, não linear e uma prosa magnífica. A autora Caitlín R. Kiernan vai moldando a sua obsessiva personagem. Imp e que testa o leitor durante toda a viagem, interrompe a si mesma, insere contos que escreveu, E o ivro Em Algum Lugar Nas Estrelas da escritora Clare Vanderpool. É Um romance intenso sobre a difícil arte de crescer em um mundo que nem sempre parece satisfeito com a nossa presença. Pelo menos é desse jeito que as coisas têm acontecido para Jack Baker.

Meio Campo: Convoque três livros que você defende e joga para o ataque, pois são livros que todos deveriam ler.

Os livros Passarinha, Flores para Algernon e Auggie & Eu. São os livros que eu defendo bastante... Porém, eu não "jogo para ataque" o tanto que eu deveria porque alguns leitores não são preparados como deveriam para ler esses livros.

Atacantes: Convoque três livros que são artilheiros, camisa 10 e verdadeiros gols de placa.

Os livros da Kimberly Brubaker Bradley são os meus livros verdadeiros gols de placa. O livro A Guerra que Salvou a Minha Vida e a continuação A Guerra Que Me Ensinou a Viver eu fiz a releitura esse ano e o último livro lançado A história que nunca contei que quero ler ainda esse ano.



E ai vocês estão animados com a seleção brasileira na copa do mundo??? 
Todos os livros citados aqui nessa booktag foram devidamente resenhados & fotografados aqui  no Blog.

16 de nov. de 2022

5 motivos para ler: O Morro dos Ventos Uivantes - Emily Brontë

O livro O Morro dos Ventos Uivantes é uma das obras mais influentes da literatura mundial e Um dos grandes romances das irmãs Brontë, este clássico apresenta uma história fantasmagórica de obsessão, vingança e paixões intensas. Na trama, o órfão Heathcliff é acolhido ainda criança pela família Earnshaw e apaixona-se pela pequena Catherine. O afeto, embora correspondido, transforma-se num amor impossível. Hoje traremos 5 motivos para você ler esta obra incrível:



 5 MOTIVOS PARA LER : O Morro dos Ventos Uivantes


1. Personagem feminina forte:

No contexto da época, mulheres tinham um papel muito restrito na sociedade: casar, ter filhos, cuidar da família e obedecer seus maridos. Era esperado que elas fossem doces, submissas e um exemplo de virtude. A Catherine de O Morro dos Ventos Uivantes até podia aspirar ao casamento, mas ela possui um espírito que é ao mesmo tempo rebelde e ambicioso, influenciando muitas personagens feministas que surgiram a seguir. Sua natureza selvagem influenciou artistas como Sylvia Plath até Kate Bush, que renderam homenagens à destemida Catherine.

Apesar das adaptações para o cinema terem pesado a mão no romantismo da personagem, a Catherine de Emily Brontë possui atributos muito mais rudimentares, quase animalescos, principalmente na violenta dinâmica com Heathcliff. Ela está longe de ser uma menina mimada que pretende ser uma esposa dedicada, suas ações são justificadas por sua ambição e senso de aventura.


2. Famílias disfuncionais:

Até os dias de hoje ainda há uma ideia muito idealizada de famílias nucleares. Difunde-se a noção de que elas sejam todas uma fonte de amor incondicional e apoio para aqueles que fazem parte dela. Claro, até existem famílias próximas a isso, mas até a Era Vitoriana ninguém falava muito das famílias imperfeitas.

Emily Brontë apresentou em O Morro dos Ventos Uivantes uma dinâmica familiar tóxica, com direito a abuso infantil, negligência com os filhos e os efeitos do alcoolismo nestas famílias. Por exemplo, o patriarca dos Earnshaw negligencia o próprio filho e indiretamente cultiva um sentimento de disputa entre Hindley e Heathcliff. Quando o herdeiro se torna proprietário da casa, ele sujeita o irmão adotivo a uma série de humilhações. Catherine, neste cenário, parece mais interessada no casamento como uma forma de escapar da claustrofobia do local do que por um sentimento honesto por seu pretendente. Estas representações sem pudores de famílias que não fazem bem aos seus membros influenciou fortemente a literatura do século 20. Alguns exemplos bem conhecidos são a peça de Edward Albee Quem tem medo de Virginia Woolf e o livro Dublinenses, de James Joyce.

3. Personagens densos e problemáticos:


Diferentemente do amor shakespeariano de Romeu e Julieta, que também tinham um romance amaldiçoado, porém desfrutavam das virtudes do amor jovem e inocente, Catherine e Heathcliff tinham sua relação mantida por uma doente obsessão um com o outro. Não dá pra considerar romântico ou erótico, a palavra que melhor define a dinâmica dos dois talvez seja “doentia”.

Há uma obstinação de um personagem querer se tornar o outro e de se agarrarem às lembranças da infância – algo que nunca poderão resgatar. Há muito conflito e violência entre os dois. Cada um dá seus passos com a intenção de atingir o outro – e não de uma forma positiva. É quase como se Catherine e Heathcliff não quisessem necessariamente estar juntos, mas um queria se tornar o outro. As personagens têm como missão atingir a alma um do outro.

Além do casal, várias outras personagens passam por alguma espécie de sofrimento, como inveja, ciúme, rejeição e morte. Cada um destes eventos vai enfraquecendo suas virtudes, conduzindo-os a missões de vingança e destruição – em especial Heathcliff. O que tornava O Morro dos Ventos Uivantes tão diferente na época do seu lançamento é justamente abordar estes tons intermediários das personalidades das personagens: ninguém ali é completamente virtuoso ou pecaminoso e, à medida em que as páginas passam, parece que cada uma delas se torna pior progressivamente.

4. Narrativas subjetivas:

O que permite revelar estas camadas “imperfeitas” das personagens é justamente a forma com que Brontë mergulha em seus pontos de vista. Em O Morro dos Ventos Uivantes não há um narrador onipresente e imparcial que apenas narra os fatos: são as próprias personagens que fazem isso. Ou seja, tratam-se de narradores cujas intenções podem ser questionadas.

A autora nunca pausava a história para explicar o que estava acontecendo, o leitor depende apenas do que as personagens estão testemunhando. Isso foi uma forte influência na obra de Virginia Woolf, que escrevia o que suas personagens estavam pensando.

5. Final inconclusivo:

Enquanto muitas histórias gostam de passar uma espécie de ensinamento ou moral em suas conclusões, O Morro dos Ventos Uivantes não faz isso. Tampouco entrega um final feliz ao leitor.

O que sustenta a narrativa de Emily Brontë é a corrosão do amor e as disputas que existem dentro das próprias famílias. Apesar da vastidão dos campos ingleses, a história é claustrofóbica, tanto pela opressiva casa do Morro dos Ventos Uivantes como pela sufocante disputa entre as personagens. Ninguém precisou responder pelos seus atos e ninguém aprendeu com seus erros, muito pelo contrário, o que se vê é   que não levam Heathcliff a lugar algum. Em O Morro dos Ventos Uivantes é mais fácil acreditar em fantasmas do que assumir seus erros e fazer as pazes consigo mesmo.

 Ah, não deixe de me acompanhar nas Redes Sociais.
Estarei tagarelando por lá também:

11 de nov. de 2022

2° ANO DO EXPRESSO LITERÁRIO.

 

"Escrevendo sobre livros enquanto bebo um café expresso...".


Hoje, faz 2 anos (12 de novembro de 2020) que eu criei o Blog Expresso Literário por causa da dificuldade de escrever um conteúdo literário no Instagram...

Quem segue o blog a mais tempo, percebe que as minhas resenhas sempre foram muito extensas para colocar lá no Bookstagram. Pensando na minha dificuldade de “escrever resenhas literárias com caracteres contados pela legenda da rede social” eu montei uma estrutura para Escrever resenhas literárias para o Instagram de uma maneira mais resumida respeitando os caracteres da plataforma. Eu aprendi a criar “cenários fotográficos” para as minhas fotografias dos livros que não é tão crua quanto era antigamente.

O objetivo de criar o Expresso Literário continua sendo escrever sobre “as minhas opiniões não solicitadas” sobre as leituras que eu faço e fotografar esses livros nas horas vagas. As resenhas literárias que são escritas aqui é uma opinião pessoal mesmo não sendo uma resenha crítica continua sendo um texto de caráter opinativo em que o autor descreve e analisa a literatura e acabam influenciando os leitores recomendando a obra pelas suas boas qualidades ou a rejeitando pelos seus excessos e defeitos.



📚 INICIO:

Eu tinha 15 anos quando surgiu os primeiros blogs no início do ano 2000. O conteúdo não tinha uma linha editorial tão definida por ser escrito por uma adolescente escrevendo mazelas de adolescente... Ano passado, quando começou a pandemia e o isolamento social eu lembrei do conteúdo literário que eu tinha no meu blog pessoal e comecei a organizar esses conteúdos no Expresso Literário.




📚ESCREVENDO SOBRE LIVROS...

As resenhas literárias que são escritas aqui é uma opinião pessoal mesmo não sendo uma resenha crítica continua sendo um texto de caráter opinativo em que o autor descreve e analisa a literatura e acabam influenciando os leitores recomendando a obra pelas suas boas qualidades ou a rejeitando pelos seus excessos e defeitos.


 

“As pessoas contam mentiras chatas sobre política, Deus e amor. Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido?”

- A Vida do Livreiro A.J. Fikry - Gabrielle Zevin

 

📚 CONTEÚDO LITERÁRIO NO BLOG:

Escrever conteúdo literário na internetês é algo muito desafiador... Enquanto leitora, eu não absorvia a narrativa da história como se fosse contar para alguém. Quando eu comecei a escrever sobre “as minhas opiniões não solicitadas” das leituras que eu faço na internet. Eu acabei percebendo que, seria necessário manter um esquema para escrever e conseguir transmitir para quem lê o meu conteúdo o quanto eu gostei ou não da atual leitura. 


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9 de nov. de 2022

Resenha: Quem é você Alasca? - John Green.


Primeira cerveja, primeiro trote, primeiro amigo,
Primeiro amor e Ultimas palavras.


O livro Quem é você Alasca? é narrado sob a perspectiva de Miles. Um adolescente que acaba de sair de casa para estudar em um internato no Alabama e para encontrar o seu "Grande Talvez". Miles por é típico garoto solitário, magrelo e, obviamente, que não tem amigos e tem uma peculiaridade: é viciado em últimas palavras.

⚠ Aviso de gatilhos: abuso de álcool e drogas ilícitas por adolescentes, tentativa de suicídio, depressão e aborda temas como ansiedade e luto.

Miles/Gordo: não possui uma personalidade muito forte e isso foi seu ponto fraco. Nesse literal "novo mundo", às vezes Gordo se deixava levar pelo momento, sem pensar direito nas consequências. Isso não quer dizer que Miles era mau, apenas não sabia como agir em frente aos novos desafios; 

“Mas por que Alasca? Ela sorriu com o lado direito da boca. Bom, mais tarde descobri o que significava. Tem origem na palavra aleúte Alyeska que quer dizer “aquele contra o qual o mar quebra”, e eu amo isso. (..)” Miles Halter

Alasca: Uma personagem descrita como selvagem, enigmática e dona dos melhores trotes... Desde o começo, o autor diz nas entrelinhas que essa personagem permanecerá um mistério a mensagem que o autor quis transmitir a mensagem de que nunca conheceremos uma pessoa por completo. Porém Alasca no fundo só quer encontrar uma saída para seu próprio labirinto, antes que esteja perdida dentro dele e Chip/Coronel que foi o complemento perfeito. Ele é o tipo de pessoa desencanada, mas ao mesmo tempo luta por seus ideias sem pensar duas vezes. Obcecado por lealdade e honra, não vai com a cara dos Guerreiros de Dia de Semana - pessoas ricas - e ensina Gordo desde cedo que para sobreviver em paz no campus a regra geral era nunca dedurar ninguém.

“Tantos de nós teríamos de conviver com coisas feitas e deixadas por fazer naquele dia. Coisas que terminaram mal, coisas que pareceram normais na hora, porque não tínhamos como prever o futuro. Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de consequências que resultariam das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil.”Miles Halter
Miles mora com os pais e está prestes a deixar sua típica cidade e escola para se aventurar em busca do que ele chama de seu “Grande Talvez”, que nada mais é do que a razão de tudo, o sentido que falta em sua vida. Para isso ele decide ir para uma nova escola, Culver Creek, lá rapidamente faz amizade com seu colega de quarto Chip – conhecido como Capitão, e Alasca Young, a garota mais legal e descolada da escola. Miles fica imediatamente hipnotizado pela perspicaz e intrigante Alasca, ela é tudo que ele não é: engraçada, atrevida, sensual e destemida. Alasca é misteriosa e imprevisível. Perfeita para Miles, não fosse ela comprometida! Descobrir a verdadeira Alasca se tornou um desafio instigante para Miles, afinal, Quem é Você, Alasca? é o título perfeito. Seguido de: o primeiro amigo, a primeira garota, as últimas palavras. Após terminar o livro tudo isso faz sentido.

E, afinal, o que é uma morte “instantânea”? Quanto tempo dura um instante? Um segundo? Dez? A dor desses segundos deve ter sido horrível (…) somente o mais puro pânico. (…) Duvido que a duração de um instante de dor lancinante pareça realmente instantânea. Miles Halter

Em meio a cigarros, bebidas, sexo, trotes de escola, novas descobertas e novos amigos, Miles se vê finalmente levando a vida empolgante que jamais havia conhecido, e Alasca parece aproximá-lo cada vez mais de seu “Grande Talvez”, até que um acontecimento muda completamente as vidas de todos em Culver Creek, e eles tem que aprender a lidar com as consequências de atos que nem ao menos haviam se dado conta serem relevantes.


Titulo: Quem é você Alasca?
Autor:John Green
Ano: 2005
Páginas: 335
Idioma: português
Editora: Intrínseca
Avaliação:☕☕☕☕.



Sinopse: Miles Halter vivia uma vidinha sem graça e sem muitas emoções (ou amizades) na Flórida. Ele tinha um gosto peculiar: memorizar as últimas palavras de grandes personalidades da história. Uma dessas personalidades, François Rabelais, um escritor do século XV, disse no leito de morte que ia em “busca de um Grande Talvez”.

O livro Quem é você Alasca? foi o quinto livro físico que li do John Green. O primeiro (A Culpa é das Estrelas) foi maravilhoso e devorado rapidamente, o segundo (O Teorema Katherine), foi uma Leitura sofrível! No decorrer do livro veio à pergunta “tem certeza que é o mesmo autor?”. O livro Quem é você Alasca? do autor John Green foi publicado em 2005 nos Estados Unidos. O livro que deu início ao sucesso que seria o autor completou seus 10 anos e em comemoração à editora Intrínseca publicou uma linda edição comemorativa.


A Edição especial contém, além da história original: Um texto de apresentação pessoal e revelador assinado por John; Cenas cortadas do manuscrito original; Detalhes do processo de edição do romance; Respostas de John às perguntas dos fãs. A edição da editora Intrínseca está maravilhosa, a capa é linda e com aquele aspecto brilhoso e com relevo que eu adoro! A diagramação também está super organizada e bem espaçada. As páginas são amarelas bem pensadas para proteger nossos olhos após longas horas de leitura. O ritmo da leitura do livro Quem é você, Alasca? é ótimo. Tudo acontece a todo momento ao redor dos personagens, a linguagem e as estruturas são muito boas e é repleto de passagens de bom humor, o que suaviza e equilibra os aspectos mais pesados do livro.

“Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em como será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente.” Alasca Young


Escrever sobre o livro Quem é você Alasca? Sempre será uma tarefa complicada pois foi uma das leituras que mais me surpreendeu do escritor. Miles, ou Gordo segundo uma brincadeira de Alasca, sempre foi aquela pessoa sem amigos. Gostava de ler biografias de autores no lugar de suas obras. Porém, em sua festa de aniversário, onde basicamente comemorou apenas com seus pais, Gordo decide que é hora de mudar e ir estudar em Culver Creek. A partir de então o "Grande Talvez" da curiosidade em relação ao livro começa. Gordo conhece Chip e claro Alasca, a pessoa para quem os holofotes estão voltados. Todas as aventuras, incluindo enrascadas e novas experiências vividas por Gordo e seu grupo, são narrados de maneira totalmente íntima e pessoal pela mente de quem sabe o que é solidão e agora está tentando curtir ao máximo o outro lado da vida.

Neste livro, há uma forte carga emocional inserida nos menores detalhes e banalidades. Por isso leiam tudo com atenção pois os diálogos são as grandes chaves para a mensagem que o autor quis passar. A primeira vista Quem é você, Alasca? pode ser considerado apenas mais um livro sobre colégios, trotes e descobertas adolescentes, mas o que o difere dos outros é justamente a sensibilidade e riqueza de detalhes com os quais Green abordou o tema. Esse livro me revelou um autor maduro que também sabe abordar temas mais sérios com a devida leveza e profundidade. Me emocionei em várias passagens e fiquei com o coração apertado por muitas páginas. É um livro feito para provocar a reflexão sobre várias coisas. Vale a pena ler!


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