utor: Duca Leindecker
Editora: L&PM
Publicação original: 2013
Genero:Ficção
Avaliação: ☕☕☕☕☕
Duca
Leindecker nasceu em Porto Alegre, em 1970. Iniciou sua carreira artística aos
treze anos e, de lá para cá, construiu uma sólida trajetória como
instrumentista, compositor, produtor artístico e escritor. No início dos anos
90 foi convidado por Bob Dylan para, juntamente com Frank Solari, viajar pelo
Brasil. Ganhou quatro troféus Açorianos de música. Seu primeiro livro, A
casa da esquina, se tornou um best-seller, com mais de dez edições. O
segundo, A favor do vento, já tem roteiro adaptado para o cinema e o
lançamento de seu terceiro livro, O menino que pintava sonhos, foi um dos
maiores sucessos na Feira do Livro de Porto Alegre em 2013. Sua obra tem amplo
trânsito nas escolas e universidades. É líder da banda Cidadão Quem, com a qual
lançou sete CDs e um DVD e marcou presença no Rock in Rio III. Criou o Pouca
Vogal, ao lado de Humberto Gessinger da banda Engenheiros do Hawaii. Com o
projeto, os dois cruzaram o país no tour do CD e DVD gravado ao vivo em Porto
Alegre. Em 2013, lançou o disco solo Voz, violão e batucada.
Diferente dos gêneros de seus dois últimos livros publicados – A Casa da Esquina, lançado em 2002, e o A Favor do Vento, de 1999, livros publicados pela mesma editora, – onde o autor contava sobre a sua vida pessoal e profissional, o livro O Menino que Pintava Sonhos leva o leitor a uma imaginação abstrata e ao mesmo tempo simples e significativa à vida do personagem Jules, que enfrenta um mundo repleto de desafios, perdas insubstituíveis e sonhos alcançáveis. Traz consigo também a vontade de vencer a cada dia, independente do que espera no amanhã.
A minha percepção durante essa leitura é que as memórias dos seus pais sobre o nascimento do Jules acabam sendo contada tantas vezes que acabam transformando-se em memórias do próprio Jules. Os momentos, que antecedem a prisão de Inácio ficam muito abstratos durante a narrativa. Ele é descrito como um marido exemplar e um pai amoroso... Mas, quando ele é preso em sua residência com Jules a narrativa não expressa nenhuma surpresa sobre os negócios ilegais do seu pai. Durante a narrativa, observamos o desenvolvimento do personagem nas diferentes fases da vida: criança, adolescente até a fase adulta do personagem Jules e as suas descobertas durante a vida. A importância desses rituais - acordar sempre com o pé direito e lavar o rosto três vezes - durante o desenvolvimento humano acaba trazendo segurança, gerando significados e possibilita que a criança comece a confiar e se permitir ir mais fundo e se revelar para o seu primeiro ciclo social que é a família.
Na medida em que o personagem Jules vai crescendo observamos o desenvolvimento de outros personagens do seu ciclo. Seus amigos e sua namorada Ângela foram engolidos pela rotina de uma vida adulta que não tem lugar para possíveis telas com desenhos ou exposições coloridas. Aprendi em um livro que “O mundo não é uma fábrica de sonhos...” Mas, se mantermos o sorriso no rosto e a alma leve podemos pintar a nossa realidade de uma maneira mais colorida.
O título do livro é muito poético!
ResponderExcluirE a história parece ser muito real, verdadeira e densa. Com leves pinceladas de humor.
Oie, gostei da proposta e seria uma leitura interessante. Adorei a dica.
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária