24 de fev. de 2021

Resenha: Tipo uma história de amor (Like A Love Story)



A leitura do livro Tipo uma história de amor tem uma narração boa e bastante fluida. Embora, eu tenha voltado umas trinta páginas... Os capítulos são divididos pela narrativa de três personagens diferentes e isso pode confundir um pouco o leitor.

A narrativa, é dividida pelos personagens: Reza, que sabe há muito tempo que é gay; Judy, uma aspirante a estilista que adora criar e usar roupas coloridas e Art é o único garoto assumidamente gay da escola. A história começa em 1989, o jovem iraniano Reza se muda para Nova York com a mãe para morar com seu padrasto e o filho dele.

O livro não contém ilustrações. Senti falta de páginas mais coloridas durante a leitura que fala sobre sentimentos tão coloridos.

Esse livro contém gatilhos! Pois fala sobre: AIDS em uma época em que a doença era considerada uma sentença de morte. Mostra o bullying e a homofobia na sociedade escolar.

Reza, que sabe há muito tempo que é gay... Então, o rapaz decide esconder sua verdade para se proteger das possíveis críticas da sua cultura e da sua mãe. Judy, uma aspirante a estilista que adora criar e usar roupas coloridas. O maior ídolo dela é seu tio Stephen, um homem gay e soropositivo, que perdeu o parceiro para a AIDS e que usa seu ativismo para trazer atenção à doença. e Art é o único garoto assumidamente gay da escola. Ele adora a Madonna, fotografa os protestos da comunidade e participa com orgulho do movimento gay. Quando eu tomei conhecimento do livro Tipo uma história de amor eu já percebi nas indicações da leitura que não era somente um livro Lgbtqia+ e sim um livro que fala de amor de diferentes formas. O amor é sagrado! Quando eu li esse trecho eu chorei litros...


Livro: Tipo uma história de amor (Like A Love Story)
Autor: Abdi Nazemian
Numero de páginas 352
Categoria:Ficção
Editora: Harper Collins
Avaliação: ☕☕☕☕☕




O que mais gostei do livro foi abordagem sobre a epidemia da AIDS em 1989. O Brasil tomou conhecimento sobre os primeiros casos da doença em um grupo Lgbt por isso ficou conhecido como o "câncer gay". A abordagem de uma forma política, sobre as críticas às indústrias farmacêuticas e ao governo da época.


Em 1989, o jovem iraniano Reza se muda para Nova York com a mãe para morar com seu padrasto e o filho dele. Apesar de nunca ter contado para ninguém, Reza sabe há muito tempo que é gay. Porém, tudo que ele vê na televisão sobre a pandemia da AIDS e a comunidade LGBT reforça seu medo de que sua sexualidade está ligada a algo terrível.

“A palavra de quatro letras mais importante da nossa história sempre será AMOR. E é por isso que lutamos. É isso que somos. Amor é o nosso legado.”

Na escola nova, Reza conhece Judy, uma aspirante a estilista que adora criar e usar roupas coloridas. O maior ídolo dela é seu tio Stephen, um homem gay e soropositivo, que perdeu o parceiro para a AIDS e que usa seu ativismo para trazer atenção à doença. Ela tem certeza de que nunca vai se apaixonar — até conhecer Reza. Os dois iniciam um relacionamento, mas ele não consegue evitar os sentimentos que começa a ter por Art, melhor amigo de Judy.



Stephen, um homem gay e soropositivo, que perdeu o parceiro para a AIDS e que usa seu ativismo para trazer atenção à doença. A importância do tio da Judy na sociedade... Pois, ele sai do estigma do adolescente que esta descobrindo a sua sexualidade. Ele usa o seu ativismo para trazer atenção a doença nos movimentos sociais do qual ele participa e ensina para Judy Reza e Art a importância de saber sobre os seu direitos e lutar por todos esses direitos. Esse livro é maravilhoso... Embora, a leitura tenha muitos gatilhos eu me identifiquei com o Art em relação a fotografia e com Judy e a relação de carinho com o seu tio Stephen, aprendi a gostar de Reza em seu processo de aceitação "posso jogar o armário na cabeça dele?" e de magoar Judy com um relacionamento fake que era bastante verdadeiro para ela. Enfim, é um livro que eu indico muito a leitura.


Ah, não deixe de me acompanhar nas Redes Sociais.
Estarei tagarelando por lá também



4 comentários

  1. Essa será minha leitura de março. É leitura coletiva...Ansiosa!
    Vamos?

    ResponderExcluir
  2. Deve ter sido uma época muito difícil para ser LGBT+. Ainda bem que a sociedade evoluiu um pouco de lá pra cá (apesar de ainda ter que caminhar muito). Adorei a dica de leitura, geralmente não leio esse tipo de livro, mas fiquei bastante interessado pelo contexto histórico que ele traz!

    ResponderExcluir
  3. Sempre que vejo posts sobre esse livro fico curiosa para ler, a premissa é muito interessante! Já li um livro sobre Aids há um tempo atrás chamado "Diga aos lobos que estou em casa", e estou com o livro "Sem gentileza" na lista para ler, que trata do contexto da epidemia de Aids na África do sul. É sempre elucidante ler histórias que tratam do assunto!

    ResponderExcluir
  4. Uma autora que gosto muito escreveu sobre essa época e também abordou a questão do HIV. É meio louco ler sobre uma época que eu vivi, mas por ser criança, não tinha noção do problema e da dimensão de tudo isso.
    Eu não me interessei por esse livro... já é a segunda ou terceira vez que leio uma resenha a respeito. Mas, não sei... acho que é justamente o fato de ter três tipos de narrativas. Não sou muito fã desse gênero.

    ResponderExcluir

© Expresso Literário
Maira Gall