“Eu rio loucamente, então respiro fundo e toco meu peito – esperando um coração bater rápido, impaciente, mas não há nada lá, nem mesmo uma batida.”
O livro Psicopata Americano - Bret Easton Ellis é narrado em 1° pessoa sob a perspectiva de Patrick Batemann. Embora, eu goste dos livros em que a narrativa seja em 1° pessoa... Na leitura do livro, Psicopata Americano essa foi uma das minhas maiores dificuldades... A condição psíquica do personagem, Patrick Batemann faz com que ele narre os acontecimentos sem uma ordem cronológica e de uma maneira exagerada fazendo com que o leitor duvide da veracidade dos fatos.
O livro Psicopata Americano
- Bret Easton Ellis conta a história de Patrick Batemann, um jovem de
26 anos que de dia fatura uma fortuna trabalhando em Wall Street e à noite se
acaba em festas regadas a cocaína e uísque. Quando se sente muito entediado,
sai pelas ruas de Nova York assassinando brutalmente mendigos, torturando
prostitutas e todos aqueles que de alguma forma o entediam. Sem piedade,
sem remorso, sem consciência, em seguida saindo para tomar um drinque ou
fazer compras em lojas de grifes. O universo do Pat Bateman é
bastante rico psicologicamente... Pat e seus "amigos" conversam
apenas sobre quais foram as últimas coisas que compraram, quanto gastaram e
quanto irão gastar. O excesso de descrição é para mostrar o a futilidade dos
seus dias Embora, tenham um discurso do politicamente correto a
sua mente está pensando em fazer atrocidades com as mulheres, gays,
mendigos e animais...
🚨O livro contém gatilhos de violência, estupro, abuso, racismo e linguagem forte.
Título: Psicopata Americano
Título original: American Psycho
Autor: Bret Easton Ellis
Gênero: Thriller | Horror
Ano: 2020
Páginas: 432
Avaliação: ☕☕☕
Eu li Psicopata Americano - Bret Easton Ellis no livro físico que eu adquiri em 2020. Naquela época, eu tentei começar a ler esse livro e não cheguei nem na metade... Depois de 2 anos, eu percebo que esse era o tempo necessário de amadurecimento para curtir essa leitura tão necessária e atual para os dias atuais. A ilustração do início dos capítulos Psicopata Americano - Bret Easton Ellis é uma estrela dourada brilhante que tem na bandeira dos Estados Unidos da América.
Sinopse: Patrick Bateman é um sujeito aparentemente invejável. Jovem, bonito, bem-nascido com boa educação, ele trabalha em um conhecido banco de investimentos em Wall Street, enquanto passa as noites entre jantares, boates e festa particulares, regadas com todos os aditivos inerentes ao lado mais sombrio da vida noturna de Nova York no final dos anos 1980. Bateman, porém, tem alguns segredos bem guardados. Por trás da fachada de normalidade, possui o instinto de um serial killer, com toda a torpeza, degradação, asco e repulsa que um psicopata consegue provocar. Bret Easton Ellis conseguiu produzir um relato cáustico e uma crítica mordaz sobre a banalidade da violência, o consumismo supérfluo e exibicionista e o vazio da geração de yuppies que viveu sua juventude na década de 1980, discutindo combinações de roupas e outras futilidades diante de drinques e pratos exóticos e esdrúxulos em caríssimos e concorridos restaurantes da moda. Para completar, o ídolo do protagonista e narrador é ninguém menos que o então empresário Donald Trump. Sua obra a Arte da Negociação é seu livro de cabeceira. O sonho de Bateman é ser convidado para alguma festa em que o empresário, apresentador de reality show e futuro presidente dos EUA estivesse presente.
A obra foi adaptada para o cinema em 2000, com Christian Bale no papel do protagonista, além de Chloe Sevigny, Jared Leto e Reese Witherspoon, e direção de Mary Harron, que proporciona um olhar único sobre uma obra repleta do pior lado da testosterona. Em 2013, tornou-se um musical em Londres, com letra e música de Duncan Sheik, chegando a Broadway em 2016.
Considerado hoje um clássico moderno da literatura norte-americana, Psicopata Americano inaugura o selo Crime Scene® Fiction na DarkSide® Books. O novo selo vai apresentar o melhor da ficção relacionada ao tema, com o mesmo cuidado da Crime Scene®, a linha editorial dedicada histórias e crimes reais. Mas o histórico do livro é controverso: a editora Simon & Schuster desistiu de publicar a obra no final de 1990, um mês antes de sua chegada às livrarias, mencionando sua brutalidade e violência. O livro chegou a ser publicado no início de 1991 pela editora Vintage, tornando-se um best-seller instantâneo e infame. Seu autor Bret Easton Ellis recebeu ameaças de morte. A turnê de lançamento foi cancelada. Organizações feministas defenderam o boicote à obra pela misoginia e violência contra mulheres. Livrarias se recusaram a vender a obra. O que teria causado tal reação?
Eu observei que ao iniciar a leitura o quanto Patrick Batemann e seus amigos são fissurados pelo consumismo e pelo imediatismo. A narrativa se passa no final dos anos 80, onde o sonho americano ganhava cada vez mais força e os ideias de riqueza eram glorificados pela mídia e etc. Essas ideias, são absorvidos pelos membros de Wall Street de maneira excessiva, os diálogos de Patrick Batemann e seus amigos são de consumismo & futilidades sobre quais foram as últimas coisas que compraram, quanto gastaram e quanto irão gastar... São páginas e mais páginas de bens materiais luxuosos que não acrescentam, realmente, nada à narrativa Lembrando o gênero Chick Lit. Essas mesmas páginas mostram à desconstrução do personagem Patrick Batemann. Ele é uma máquina de informações consumistas e um surto de brutalidade e violência. Patrick é tudo que existe de pior em uma pessoa e além. Traços que já são horrendos por si só (sadismo, racismo, sexismo, homofobia, etc.), no personagem, ultrapassam o absurdo.
O livro Psicopata Americano - Bret Easton Ellis não é um livro que trás bons sentimentos mas ele nunca existiu para isso. Pode não ser convidativo como história, mas é uma história a se discutir, principalmente porque a gente sabe que existem homens como Patrick Batemann em nossa sociedade. Por isso, essa leitura tão necessária e atual para os dias atuais.
Realmente é preciso maturidade e estômago para ler o livro, principalmente por ser detalhado e narrado em 1a pessoa.
ResponderExcluirNão tenho pretensão de ler mas lembro de ter assistido ao filme por ser fã do Jared Leto.
Eu estava esperando ansiosa sua conclusão desse livro. É um muito desejado, mas muito mesmo. Mas sempre tive dúvidas se gostaria ou não, por conta dessa dificuldade na leitura.
ResponderExcluirMas decidi que por sua culpa, irei comprar com certeza e fora a beleza da edição né? rs
Eu sou viciada em Dark rs
Beijo
Angela Cunha/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Não sei, mas sua resenha me deu vontade de ler o livro...
ResponderExcluirOiiii,
ResponderExcluirO livro parece ser bem pesado pelas discrições que você relata. Eu adoro um bom thrillers e tal, mas ficaria na duvida se leria esse livro ou não. Mas quem sabe um dia né!
É necessário ter essa duvida...
ExcluirOlá! Se antes eu estava com um pé atrás em relação a leitura, agora posso afirmar, sem medo, que fico com os dois mesmos (risos), definitivamente essa dica eu passo, por mais que edição seja primorosa, acho que a história é um tanto pesada para o meu sensível estômago.
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