28 de abr. de 2022

Resenha: A Guerra Que me Ensinou a Viver, Kimberly Brubaker Bradley.


" É possível saber um monte de coisas e mesmo assim
não acreditar em nenhuma delas."


No final do ano passado, eu comecei a re-leitura do livro A Guerra Que Salvou a Minha Vida e na sequencia eu comecei a ler A Guerra Que Me Ensinou a Viver também da autora Kimberley Brubaker Bradley.

A leitura de A Guerra Que Me Ensinou a Viver tem uma narração clara em primeira pessoa, com capítulos curtos. As palavras de Kimberley fluem com a capacidade incrível de transportar o leitor em uma imersão na história e o crescimento dos personagens diante de um cenário devastado pela guerra. Nos primeiros capítulos, é um pequeno resumo da narrativa do livro A Guerra Que Salvou a Minha Vida e como Ada seu irmão James vieram morar com Susan― agora sua guardiã legal-. Depois de uma infância de maus-tratos, Ada finalmente recebe o cuidado que merece ao ter seu pé operado.

⚠️ Alerta de conteúdo: Negligência parental em relação com a deficiência, problemas familiares e luto.

Os personagens principais continuam sendo: Ada ajustando-se à sua nova realidade e superando os traumas do passado e a mudança com Jamie juntamente com Susan para um chalé em busca de um recomeço em tempos de guerra. Com a chegada de Ruth, uma garota judia e alemã, que gera uma comoção no chalé. Seria ela uma espiã disfarçada? Ou uma aliada em meio à calamidade? Ada teve uma infância muito traumática, passando por momentos difíceis e de partir o coração com sua mãe e para somar toda essa carga emocional, a Segunda Guerra estava começando. Neste segundo livro teremos uma personagem tentando lidar com a sua nova realidade e superar todos os traumas do passado.



A edição física do livro é de longe uma das mais caprichadas da editora e uma das mais lindas que já vi. A capa do livro tem relevos com desenhos com cores antigas e desenhos que imitam tecidos costurados e desenhos de botões. É o lançamento da DarkSide Books, é a primeira Editora do Brasil dedicada ao terror e à fantasia. A editora criou uma coleção Darklove com histórias sobre a força feminina na literatura.



Livro: A Guerra Que me Ensinou a Viver
Escritora: Kimberly Brubaker Bradley
Editora: Darkside Books
Páginas: 280
Lançamento: 2018
Avaliação: ☕☕☕☕☕


Sinopse: Após uma infância de maus-tratos, Ada finalmente recebe o cuidado que merece ao ter seu pé operado. Enquanto tenta se ajustar à sua nova realidade e superar os traumas do passado, ela se muda com Jamie, lady Thorton e Susan — agora sua guardiã legal — para um chalé em busca de um recomeço. Com a guerra se intensificando lá fora, as adversidades batem à porta: o racionamento de alimentos é uma preocupante realidade, e os sacrifícios que todos devem fazer em nome do confronto partem corações e deixam cicatrizes. Outra questão é a chegada de Ruth, uma garota judia e alemã, que gera uma comoção no chalé. Seria ela uma espiã disfarçada? Ou uma aliada em meio à calamidade? Mais uma vez, Kimberly Brubaker Bradley conquista com sua narrativa carregada de sensibilidade. Seu registro historicamente preciso revela o conflito armado pela perspectiva de uma criança, além de lançar luz sobre a atual crise de refugiados, a maior desde a guerra de Hitler, que já obrigou milhões de pessoas a deixarem seus lares em busca de paz. Discutindo assuntos delicados com ternura, a autora guia o leitor por uma jornada que mostra a beleza dos pequenos gestos. E, ao revelar as camadas de seus personagens, apresenta uma história sobre amadurecimento e aceitação — principalmente para Ada, que precisa aprender a acreditar. Acreditar em sua família e em si mesma. Na resiliência que vem da dor. Na superação que vem do medo. Na empatia, que reacende a humanidade. E no amor, é claro. Em sua forma mais pura e sincera. A escritora Kimberley Brubaker Bradley vive com o marido e os filhos em uma fazenda no sopé das Montanhas Apalaches, entre pôneis, cães, gatos, ovelhas, cabras, e muitas, muitas árvores. É autora de vários livros, entre eles Leap of Faith e Jefferson’s Sons. A Guerra que Salvou a Minha Vida ganhou o Newbery Honor Book, o Schneider Family Book Award e o Josette Frank Award, além de ter sido eleito entre os melhores livros de 2015 pelo Wall Street Journal, a revista Publishers Weekly, a New York Public Library e a Chicago Public Library, entre outros.



A minha percepção sobre a continuação de A Guerra que Salvou a Minha Vida é que a leitura torna-se realmente necessária. A narrativa do livro A Guerra Que Me Ensinou a Viver mostrou o amadurecimento tanto da Ada quanto dos outros personagens a Kimberley B. Bradley conseguiu escrever de uma maneira tão sensível sem perder a essência da história. A personagem Ruth, uma garota judia e alemã, que gera uma comoção no chalé lembrou-me da personagem Ada no início da história e o quanto é necessário olhar o sofrimento do outro para reconhecer as nossas próprias dores...

Ada é uma criança que sofreu bastante com a negligência e isso deixou muitos traumas e cicatrizes durante a sua infância Susan conseguiu acolher Ada em uma conversa: " Eu sei que você sempre cuidou do seu irmão quando morava com a sua Mãe... Porém, agora eu sou a Guardiã Legal tanto de você quanto do Jamie e de hoje em diante eu assumo daqui... e você deve ser criança e fazer coisas de criança! ". Depois dessa conversa podemos perceber que Ada começou a confiar em Susan e como ela começou aproveitar a sua infância além de ter as suas tarefas de “vigiar a guerra”. A narrativa do crescimento dos personagens é realmente necessário para o desenrolar da história e me deixou com o coração quentinho.



" É possível saber um monte de coisas e um dia, enfim, acreditar em todas elas."



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