Hoje
minha resenha é do livro A bruxa
Margaret, lançado pela DarkSide Books. O livro é de autoria de Jim Broadbent & Dix. Primeiramente,
eu fiquei confusa de como eu escreveria a resenha desse Grafic Novel. Pois,
antes de escrever sobre a leitura desse Grafic Novel é preciso entender de onde essa
narrativa foi inspirada...
A
representação mais famosa de Magriet foi imortalizada em uma pintura a óleo do
artista belga Pieter Bruegel, o Velho, em 1563. A obra de arte se encontra no
Museu Mayer van der Bergh, na Antuérpia. Acredita-se que ela tenha sido criada
para uma série de trabalhos. No Brasil, o título é traduzido como “Mulher Louca”.
Gatilhos: Mutilação, nudez explícita e linguajar violento..
Título | A Bruxa Margaret
Autores | Jim Broadbent e Dix
Tradutora | Aline Zouvi
Editora | DarkSide® Books
Edição | 1ª
Idioma | Português
Especificações | 144 páginas, capa dura, colorido
Avaliação | ☕☕...
Sinopse: Existem muitas bruxas pintadas no imaginário coletivo e a personagem de A Bruxa Margaret, ao mesmo tempo em que faz parte dessa tradição, traz o seu próprio toque a esse universo. A graphic novel surgiu a partir do interesse do ator e escritor Jim Broadbent (de Harry Potter e Game of Thrones) pela figura de Dulle Magriet, em um quadro de mesmo nome de Pieter Bruegel, o Velho, de 1536. Mas mesmo antes da pintura, já existia a lenda flamenga sobre Magriet (ou Margaret), uma mulher geralmente associada a demônios e feitiçaria. A partir dessa inspiração, Broadbent e o desenhista britânico Dix desenvolvem uma história em que o caráter humano da personagem transcende o mito. Em A Bruxa Margaret pouco é definido, o que potencializa o estilo de desenho, enquanto as cores pálidas mostram que não se trata de um mundo de preto e branco, com rígidas definições de certo e errado.
Como boa história em quadrinhos que é, emprega os recursos visuais para narrar os eventos, ao mesmo tempo que o texto, ambíguo e dissonante, amplia as possibilidades de percepção do enredo. Broadbent e Dix aprofundam a personagem ao mostrar seu discurso impreciso, suas ações erráticas, seu ambiente caótico. A bruxaria continua lá, mas Margaret muda o papel que desempenha nas lendas. Aqui, ela é uma humana, que mora em um lugar isolado e sombrio, e tenta sobreviver com a venda de enguias na feira. Tudo isso, é claro, com a manifestação da magia e do entendimento muito singular que Margaret tem sobre si mesma e realidade do mundo ao seu redor. Aberto a diversas interpretações, A Bruxa Margaret é um livro que incentiva a releitura, não pela incompreensão de sua trama e sim por oferecer muito mais que apenas um lado da história.
Senti falta dos diálogos durante a narrativa... Embora, tenha mostrado os elementos sobrenaturais e sombrios faltou os diálogos para os personagens transmitirem algo além dos sentimentos subentendidos que transitam entre agonia, tristeza, vergonha e alegria.
Somos apresentados a personagem Margaret, em um ambiente completamente claustrofóbico e depressivo. Margaret, e seu lado mais primitivo, aquele que representa a mulher negligenciada, violentada, solitária, incompreendida e refém de uma sociedade cruel, que a obriga a viver sozinha e sobreviver com pouco devido à sua própria natureza. Acompanhamos a jornada de Margaret em um rio, onde ela pesca enguias para comercializar em uma pequena comunidade. No entanto, após uma faísca de alegria, tudo se transforma em pura humilhação. Então, agarrada em sua própria força e crença, Margaret utiliza um ritual antigo para concretizar seus dois sonhos: ter ouro e um amigo para ser seu par, mas somente um deles será seu tesouro.
As edições da DarkSide são sempre impecáveis e eles são responsáveis por incluir na minha lista de desejados as tais graphic novels, que até então eu nunca tinha lido. Nunca tinha ouvido falar de Magriet/Margaret, mas já vou pesquisar mais sobre e, claro, quero ler essa obra também.
ResponderExcluirAdorei saber mais sobre essa Graphic Novel, eu já havia visto a capa mas não sabia sobre o que se tratava! Eu também sou dessas que sente falta de diálogos, acabei de ser um livro que não continha nenhum. Mas fiquei curiosa pra ler essa história, e o trabalho gráfico é mesmo muito lindo!
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