Agora que tenho 14 anos, nossa vida é basicamente um castelo de cartas: Cair, Esperar, Respirar. Ou não
Hoje eu terminei de ler o livro “Para Sempre Vou Te Amar”, da autora Catherine Ryan Hyde.
A narrativa do livro “Para Sempre Vou Te Amar”, é escrito em primeira pessoa pela Angie que é uma adolescente que no inicio da história é uma adolescente de 14 anos que mora com sua mãe e a sua irmã Sophie que tem aproximadamente 6 anos que é portadora de Transtorno de Espectro Autista.
⚠️ Alerta de conteúdo: Negligência parental em relação com a deficiência, problemas familiares e luto
No inicio, da leitura já somos transportados para a vida de Angie narrando como era a sua vida até o momento que seu pai estava ensinado a fazer casas de cartas de baralho e foi para a venda para comprar cigarros e foi assassinado. Desde então, Angie, sua mãe e Sophie não importa onde morem as três nunca ficam muito tempo no mesmo endereço. tia Violet que não tem nenhum parentesco com a mãe e nem com as meninas... Que recentemente ficou viúva e está vivendo o luto pela perda do seu marido não demonstra nenhum cuidado com as meninas... Demonstrando uma irritação com os gritos de Sophie.
“É sempre mais fácil assumir um risco quando você só arrisca o que é seu. Nada é mais difícil do que arriscar aquilo que pertence a outra pessoa.”
Em um passeio pelo quintal, as duas irmãs descobrem que são vizinhas do Paul Inverness que é um senhor aposentado e bastante carrancudo. Ele só quer a tranqüilidade que somente a privacidade de sua casa e o seu cachorro lhe proporciona.
"É sempre melhor gostar das pessoas por mais razões do que somente o que elas podem fazer por você."
Catherine Ryan Hyde é autora de mais de 30 livros. Em suas inúmeras viagens, fez trilhas por Yosemite e pelo Grand Canyon, escalou o Monte Katahdin, viajou pelo Himalaia e percorreu a Trilha Inca de Machu Picchu. Para documentar as experiências, Catherine tira fotos e grava vídeos que compartilha com seus leitores e amigos na internet. Um dos seus livros de maior sucesso é Pay It Forward, que inspirou o filme A Corrente do Bem (2000).
Editora: Darkside
Ano: 2021
Páginas: 400
Avaliação: ☕☕☕☕☕
A adolescente Angie e sua mãe vivem em residências provisórias. Não importa onde morem, as três nunca ficam muito tempo no mesmo endereço. Até que, ao se mudarem para a casa da tia, as duas irmãs descobrem que são vizinhas de um dog alemão. Sophie se conecta profundamente com o animal, os gritos dão lugar a um silêncio cúmplice. Todo mundo volta a respirar com tranqüilidade. Até que Paul Inverness, o carrancudo e recluso tutor do cachorro, vai embora para as montanhas. Após serem postas para fora da casa da tia, a família parte atrás de Paul e seu cachorro. Movida pelo carinho que tem pelo animal, Angie cria coragem para tecer novas rotas de esperança e, apesar dos cinqüenta anos de diferença entre eles, desenvolve uma amizade profunda com Paul.
Ela consegue conversar com ele sobre seus anseios e temores, e sobre a descoberta de sua afetividade, ao se apaixonar por outra garota. Paul confia a Angie seu maior segredo, seu único sonho. Entre confissões do passado e sonhos de futuro, a história dos amigos se entrelaça, alterando para sempre os rumos de suas vidas. Nas primeiras 100 páginas... Durante a leitura, percebemos que o protagonismo da Angie é em relação a responsabilidade com a mãe e a irmã. Ela é a pessoa responsável pela sua irmã mais nova que é portadora de TEA na maioria das vezes:
[Os critérios de diagnósticos essenciais do TEA consistem em: déficits persistentes na comunicação social e na interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Por exemplo: Sophie, costuma gritar por horas a fio...]
A irresponsabilidade da mãe, acaba transformando-se em uma falta de cuidados (negligência) com as meninas principalmente com a Sophie que exige um cuidado especial. A personagem Sophie embora houvesse melhoras e regressões no seu comportamento não vemos um desenvolvimento da personagem que tinha 6 anos a autora descreve a relação dela com a dog alemão Rigby como algo "sobrenatural" no mundinho delas... O que leva o leitor a crer que, a negligência da mãe, faz com que a Sophie não tenha um bom desenvolvimento esperado para uma criança especial e isso afetou o protagonismo da Sophie ao decorrer da história. A morte da Rigbi foi descrita de uma TÃO maneira sutil... E Sophie sentiu de uma maneira especial no seu mudinho que não ficou claro para os leitores como ela estava realmente se sentindo.
Soubemos sobre a sexualidade de Angie de uma forma invasiva... A própria Nelie reconheceu a forma desconfortável que foi abordado esse assunto "Era algo que nem você mesmo sabia..." Angie tinha maturidade e a responsabilidade de uma pessoa adulta. Mas, ela era uma adolescente que nunca tinha pensado sobre essas questões que são normais para qualquer adolescente.
A amizade entre uma menina de 14 anos e um senhor que aparentava ter 50 anos mesmo com o "mau jeito" do inicio... A dog alemão Rigby foi uma ponte necessária para uma amizade que ambos precisavam naquele momento. A relação de "igual para igual" que Paul permite ter com Angie dá uma liberdade de conversarem sobre tudo até "intrometer-se" no amor platônico dele com a Rachel, a mulher casada com seu irmão. O Paul me decepcionou nas ultimas páginas na briga com Angie... Ela é uma adolescente que embora tivesse uma maturidade de um adulto ela fazia coisas de adolescentes.
Nas primeiras páginas, já observamos que a criança Sophie portadora da síndrome de TEA é vista como um "problema" e a mãe de Angie pensa várias vezes durante a história na possibilidade de internar a criança em um instituto para crianças especiais... A autora, Catherine Ryan Hyde faz uma reflexão válida de como a sociedade exclui essas crianças de um convívio social dificultando cada vez mais o seu desenvolvimento e a socialização dessas crianças especiais.
Eu não conhecia a escrita da autora Catherine Ryan Hyde. A narrativa do livro “Para Sempre Vou Te Amar”, é simples sem muito "Plot Twist" ou grandes acontecimentos... O resultado foi um final digno de um livro da linha Darklove.
Não conheço a autora, o livro tampouco. Gostei das laterais em vermelho do livro, mas a trama em si, não me atraiu. A Darkside tem livros bem legais, mas não sou muito fã da darklove. Prefiro o Caverinha e o Crime Scene.
ResponderExcluirAcho muito legal como a Darkside tem uma identidade visual tão marcante. Independente do selo, é fácil reconhecer uma obra da editora. Essa história, em específico, não me cativou. Na verdade, não acho que foi bem isso. Me despertou uma certa melancolia e isso fez com que eu me afastasse, já que ultimamente tenho lido só coisas leves, intencionalmente, pra espairecer mesmo.
ResponderExcluirTenho que concordar com o comentário da Ju aqui em cima: a Darkside tem uma identidade visual super marcante. Acho legal ver isso numa editora, é tão raro.
ResponderExcluirA história parece ser interessante, fiquei bem curiosa pra saber o final, quem sabe eu não leia, né?
Ótima resenha :)
Estante da Pipoca
Acostumado a livros mais simples em termos de apresentação, achei bastante interessante o visual desse lançamento. Espero que o desenvolvimentos dos temas da editora sejam desenvolvidos de maneira tão marcantes quanto.
ResponderExcluirMenina, eu tô impactada com os spoilers que você deu do livro... Já tava querendo ler, mas depois de ver o drama todo que a história carrega acho que quero ainda mais. Não tem jeito, eu adoro um chororô!
ResponderExcluirDarklove é meu selo favorito da DarkSide, são sempre histórias que me deixam curiosa... É incrível como a editora arrasa no visual dos livros, né? Achei belíssimas as ilustrações simulando bastidores de bordado, muito bonito!
Sorry pelo spoilers...O livro é bastante dinãmico e sim tem muito chororô! Darklove é um selo que consigo apostar sem medo de não gostar da história...
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