18 de janeiro de 2021

Resenha: Reconstruindo Amelia



"Há muitas definições para a palavra idiota no dicionário.Não seja mais uma."

Eu li o livro  Reconstruindo Amélia da autora Kimberly Mccreight, em 2015 Foi uma leitura devagar quase rastejante... mas, eu gostei do desenrolar dessa história.


Logo no inicio da leitura acompanhamos Kate recebendo a devastadora noticia sobre a morte de sua filha, logo no inicio suspeita-se que Amélia havia cometido suicídio. 

Reconstruindo Amelia
Kimberly McCreight
Páginas: 349
Ano: 2014
Editora: Arqueiro
Avaliação:☕☕☕☕☕ : Excelente



Sinopse: Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição?

Kate é a mãe solteira e sempre fez o que estava em seu alcance para conciliar a vida de mãe com a vida de profissional ela é uma advogada de sucesso em Nova Iorque e para compensar a ausência de um pai na vida de Amélia. Ela nunca contou a verdade para a filha sobre o pai e também só vamos descobrindo sobre ele no decorrer da história. 

Amelia era uma aluna exemplar, mas era uma pessoa um pouco solitária. Ela tinha apenas uma melhor amiga e passou grande parte da sua vida na companhia de sua babá, enquanto Kate trabalhava. Porém, apesar da ausência constante da mãe, a relação das duas era muito boa e elas sempre faziam programas juntas nas horas livres. No dia de sua morte, Kate recebeu um telefonema da escola falando que Amelia havia sido suspensa e que a mãe deveria buscá-la imediatamente. Kate deixa uma importante reunião da empresa em que trabalha e vai para a escola da Amelia, porém acaba se atrasando e quando chega sua filha já está morta. A polícia afirma que Amelia cometeu suicídio impulsivo, provocado pela pressão de ter plagiado um trabalho de inglês e ser suspensa como consequência. Kate não acredita muito nisso, pois Amelia era uma aluna excelente e o trabalho era sobre sua autora preferida. Porém, ela fica tão, mas tão mal, que não chega a pensar em confrontar a polícia. 

Kate passa dias terríveis e decide voltar ao trabalho como forma de ocupar um pouco a sua mente e logo no primeiro dia recebe uma mensagem anônima dizendo que Amelia não havia pulado do telhado da escola. Imaginando ser uma brincadeira de péssimo gosto, ela decide ignorar a mensagem, porém outras continuam vindo, cada vez mais misteriosas. Kate decide então checar a investigação e descobre que ela foi feita às pressas e que o suposto "bilhete" de suicídio de Amelia, a palavra "Perdão" escrita no telhado, não havia sido escrita por ela. Ela decide então investigar o que realmente aconteceu com Amelia e acaba descobrindo fatos sobre a vida de sua filha que ela nem poderia imaginar.

Os capítulos do livro são alternados entre diferentes personagens. Temos capítulos atuais sobre Kate, narrados em primeira pessoa, a partir do dia da morte da Amelia, trechos de seu diário quando ela descobriu que estava grávida, conversas de celular de Amelia, postagens no facebook, e alguns capítulos contados pela própria Amelia, algumas semanas antes de sua morte. Também há postagens de um blog de fofocas da escola, chamado GrAcIoSaMENTE.

Ao decorrer da leitura, vamos reconstruindo Amélia através de vários acontecimentos e fragmentos com alternâncias de pontos de vista. E descobrindo quem ela realmente era, sem ser somente uma descrição vazia "aluna e atleta exemplar". Através de suas "memórias" ficamos sabendo quando ela recebeu um convite para entrar em um clube da escola, uma espécie de fraternidade, que supostamente deveria ser proibido. A partir desse convite, sua vida começa a tomar novos rumos e a própria Amélia passa por várias descobertas sobre si mesma. A descoberta da própria sexualidade e o amor inconsequente por Dylan. Eu gostei da leitura, a narrativa prende do inicio ao fim como um bom suspense. A leitura foi demorada e ocasionou um pouquinho de "sofrimento" pois, ficava muito curiosa até retornar a leitura intercalando com as leituras da faculdade.

Amélia era só uma adolescente, com uma mãe ausente e uma melhor amiga egoísta e um pouco insuportável. Com atitudes típicas de adolescente... Não me identifiquei com a fase de ser inconsequente típico da adolescência da personagem principal. Alguns adultos me surpreenderam com o tamanho da falta de responsabilidade e de bom senso ao desenrolar da história. Nem o diretor tinha controle sobre as irmandades?

O final do livro me decepcionou... Eu imaginava um final totalmente diferente e melhor trabalhado, fiquei inconformada pois, a narrativa da história trouxe varias questões: Bullling, amor, amizade e relacionamento com um suposto pai. E todas essas questões poderiam fazer parte de um final surpreendente e nada tão óbvio. 

"As roupas eram para Sylvia o que os livros eram para mim: a única coisa que realmente importava." - página 30
"Amelia aprendera a ler aos 4 anos e,desde então,vivia com um livro nas mãos.Lia na banheira;caminhando pela calçada;à noite,no escuro,com uma lanterna.Mesmo todas aquelas estantes não tinham sido suficientes para sua biblioteca;os livros excedentes formavam pilhas altas ao longo de cada parede.Kate às vezes se preocupara com a obsessão de Amelia pelos livros,pensando que seria sinal de solidão." - página 75

Resumindo: tirando esses pequenos poréns, o livro é muito bom e eu recomendo! Caso alguém já tenha lido ou se interessado em ler, me conte nos comentários.



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