18 de agosto de 2024

Resenha: Nem te conto - Emily Henry.

[...] Pois até mesmo um pé na bunda te empurra para a frente.


Nem te conto é um romance cotidiano radiante e divertido escrito por Emily Henry lançado pela editora Verus. 

Nem te conto é narrado sob a perspectiva de Daphne. A narrativa em primeira pessoa mostra o desenvolvimento e amadurecimento da personagem principal. Daphne se muda para a cidadezinha do seu noivo e sem amigos, sem família, mas com o emprego dos sonhos como bibliotecária infantil. Até que seu noivo Petter termina o noivado dizendo que é apaixonado pela melhor amiga de infância. E ela tem que sair da casa que achou que seria deles. E Milles oferece o quarto extra do apartamento dele.


Sabemos de uma maneira resumida sobre a infância de Daphne, filha de pais separados ela foi criada pela mãe já que o pai era ausente, mas o amor por bibliotecas e Livros pelos raros encontros com seu pai e os programas eram ir na biblioteca da cidade. Daphne morava com a sua mãe e trocavam de residência com frequência isso deixou ela com poucas habilidades para socializar. Por exemplo, no seu ambiente de trabalho Daphne é conhecida por ser bem reservada... A amizade construída com Eshiley demonstra o quanto é difícil fazer amizades durante a fase adulta e quando essa habilidade social não é construída na infância.

⚠️Aviso de gatilhos: Nem te conto de Emily Henry, é um romance contemporâneo adulto, que abordam assuntos complicados como: Problemas de saúde mental, Infidelidade emocional, conteúdo sexual (na tela), assédio sexual, abuso de substâncias e relacionamentos tóxicos (familiares). Esses conteúdos que podem ser sensíveis para os leitores e despertar gatilhos emocionais.


Sinopse: Daphne sempre adorou a maneira como seu noivo, Peter, contava a história deles. Como eles se conheceram (em um dia de ventania), se apaixonaram (por causa de um chapéu errante) e voltaram para a cidade natal dele à beira do lago para começar a vida juntos. Ele era muito bom em contar tudo isso... até o momento em que percebeu que estava apaixonado por sua melhor amiga de infância, Petra.
É assim que Daphne começa sua nova história: presa na bela cidadezinha de Waning Bay, no Michigan, sem amigos nem família, mas com o emprego dos sonhos como bibliotecária infantil (que mal paga as contas) e morando no apartamento da única pessoa que consegue entender sua situação, o ex de Petra, Miles Nowak.

Livro: Nem te conto
Título original: Funny story
Escritora: Emily Henry
Editora: Verus
Ano: 2024
Gênero: romance contemporâneo
Avaliação: ☕☕☕☕


Desalinhado e caótico ― e com uma queda por canções de amor de partir o coração ―, Miles é o exato oposto da prática e discreta Daphne, de quem os colegas de trabalho sabem tão pouco que apostam que ela é do FBI ou está em um programa de proteção a testemunhas. Daphne e Miles conseguem evitar um ao outro na maior parte do tempo, até que um dia, enquanto afogam as mágoas, fazem uma tênue amizade e um plano. Se esse plano envolve a publicação de fotos sugestivas dos dois juntos em aventuras de verão, bem... quem pode culpá-los? Mas é tudo fingimento, claro, porque não tem como Daphne começar o novo capítulo da sua vida se apaixonando pelo ex da atual noiva do seu ex-noivo... certo?

“O mesmo universo que leva coisas embora de maneira tão desapaixonada pode trazer outras coisas que a nossa imaginação não seria nem capaz de sonhar.”
 
Um pequeno resumo sobre os personagens:
Milles é o ex de Petra a atual do seu ex-noivo. Que como ela, está de coração partido pelo término repentino com seus ex's. E agora eles dividem um apartamento! Só que aquele não é o lugar de Daphne e ela define um prazo para se mudar da cidade

Julia é a irmã mais nova de Milles conhecemos os traumas do personagem através das lembranças de um relacionamento com pais tóxicos no qual está tentando fugir se hospedando na casa de Milles

Eshiley é bibliotecária e torna-se a primeira amiga de Daphne (que ela não herdou do ex) e ela foi muito necessária para “socializar” a nossa pacata bibliotecária.

(...) era amiga do casal Daphne e Petter que se afastou da Daphne quando eles romperam... Daphne descobriu que essas amizades (que ela herdou do ex) não eram seus verdadeiros amigos.


A minha percepção sobre a leitura do Nem te conto é um romance cotidiano radiante e divertido que é o puro suco da fofoca! O crescimento emocional de Daphne é sutil... A dependência que ela tinha de Petter que é demostrada durante a narrativa com o os traumas de infância de um pai ausente. O personagem Milles foi uma incógnita durante metade da história descrito somente como um espírito livre que fuma um baseado de vez em quando para relaxar... No início, eu esperava uma atitude além de ser somente um colega de quarto que gostou da ideia de Daphne de fingir que estavam juntos... Diferente de Daphne o Milles é uma incógnita.

Desde que eles postaram a primeira fotografia de casal eu estava torcendo para Milles e Daphene se transformarem em um casal de verdade... Porém, eu estava torcendo mais para a independência financeira e emocional de Daphne e com um certo receio que ela poderia ficar dependente de Milles que também tinha seus traumas do “pé na bunda” do seu último relacionamento.... Mas, o meu coração deu pulinhos quando eu li essa resposta de Daphne: Mas não posso construir essa vida ao seu redor. Se o que tem entre a gente acabar, eu preciso saber que não vou simplesmente desaparecer. Preciso ter as minhas coisas, que não tenham a ver com mais ninguém.”.


Então "Nem te conto" foi uma leitura que me conquistou de uma maneira única. Uma história que recomendo demais para quem ama uma jornada de auto descoberta, recomeços e um romance que tem o poder de deixar o coração quentinho.

Um comentário

  1. Já vi esse livro pela internet e me passa muito a vibe de livro que entrega de tudo para o leitor, desde comédia até aquele drama, tudo envolta do amadurecimento da personagem principal. Particularmente eu adoro essa construção de história, além do livro passar dificilmente por um período de monotonia, nós enquanto leitores conseguimos tirar boas reflexões pessoais.

    Garota do 330

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