6 de jul. de 2022

Resenha: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid.

 “Quando surge uma oportunidade para mudar sua vida, esteja pronta para fazer o que for preciso. O mundo não dá nada de graça para ninguém. Só tira de você.”



O livro Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é narrado sob a perspectiva da jornalista Monique Grant. Uma jornalista na faixa dos trinta anos e que está com a carreira empacada.

Aviso de Gatilho: Violência doméstica, abuso psicológico, homofobia, suicídio, abordo e alcoolismo.

A importância da narrativa biográfica no decorrer da leitura especificamente é oferecer um acesso bastante útil para a análise não apenas da vida do narrador, mas principalmente das conexões entre o indivíduo, considerando-se, contudo, que qualquer narrativa é uma interpretação a partir de uma situação biográfica.

“Você tem que encontrar um trabalho que faça seu coração parecer grande, em vez de um que o faça parecer pequeno.”

Os personagens principais da história são Monique Grant e Evelyn Hugo. A história se passa em dois momentos: no passado e no presente. No presente, ela é uma senhora de 79 anos, reclusa, que decide dar uma última entrevista e convoca uma jornalista novata para tal. No passado (narrado por Evelyn na entrevista), ela é uma jovem determinada a enriquecer e fazer sua carreira acontecer. Tantos casamentos quase sempre são explicados por conta de necessidades da carreira dela no cinema – seja para ganhar popularidade, divulgar um filme ou manter as aparências.



Título: Os Sete Maridos de Evelyn Hugo
Título original: The Seven Husbands of Evelyn Hugo
Autor: Taylor Jenkins Reid
Tradução: Alexandre Boide
Editora: Paralela
Número de Páginas: 360
Ano de Publicação: 2019
Avaliação: ☕☕☕☕☕


O livro Os Sete Maridos de Evelyn Hugo conta a história de Evelyn Hugo que atualmente é uma senhora de 79 anos, reclusa, que decide dar uma última entrevista e convoca uma jornalista novata para tal.



“Você tem que encontrar um trabalho que faça seu coração parecer grande, em vez de um que o faça parecer pequeno.”

Sinopse: Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.

“Quando tiver a oportunidade de mudar sua vida, esteja pronto para fazer o que for preciso para que isso aconteça. O mundo não dá coisas, você pega coisas.”


Taylor Jenkins Reid. Seus livros foram escolhidos pelo Reese's Book Club, Read with Jenna, Indie Next, Best of Amazon e Book of the Month. Seu romance, Daisy Jones and the Six, está sendo adaptado pela Hello Sunshine em uma série limitada para a Amazon. Ela mora em Los Angeles.



Além da narrativa ser construída em uma ordem cronológica através do passado e presente de Evelyn Hugo a veracidade dos fatos se dá com as reportagens bastante sensacionalistas da época. A entrevista da Evelyn Hugo é bastante sincera e com riqueza de detalhes sem filtro como é esperado para uma senhora de 79 anos. Os sete romances de Evelyn Hugo são inseridos com as idas e vindas do relacionamento com Celia. A personagem Celia St. James No auge dos anos 1950, é uma jovem recém saída de uma família rica e privilegiada pra tentar a sorte como atriz em Hollywood. A personagem serve para “furar a bolha” da hipocrisia da sociedade em que a personagem Evelyn Hugo está inserida.


“Eu te amei tanto que pensei que você era o sentido da minha vida. Eu pensei que as pessoas foram colocadas na terra para encontrar outras pessoas, e eu fui colocado aqui para encontrar você. Para te encontrar e tocar sua pele, e sentir sua respiração, e ouvir todos os seus pensamentos. Mas não quero ser feito para alguém como você.”

A maneira sutil em que Evelyn Hugo descobriu a sexualidade foi bastante positivo para a narrativa. Odeio quando personagem praticamente “arranca” a pessoa do armário. Ambas, personagens tinham medo de assumir a sua sexualidade lésbica/bissexual em uma sociedade bastante retrograda quanto 1950.... A Evelyn Hugo é uma personagem que causa identificação tendo uma personalidade com nuances de bondade e maldade como descobrimos no decorrer do livro. Que foi inspirada em outras mulheres como: Elizabeth Taylor, Ava Gardner e Rita Hayworth e outras grandes estrelas de Hollywood. Evelyn Hugo foi uma mulher que lutou pelos seus sonhos e fez tudo aquilo que foi preciso para chegar onde chegou. 


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5 comentários

  1. Foi meu segundo contato com a escrita da TJR e meu amor por ela só se firmou!
    O hype de Evelyn foi gigante e demorei muito para ler mas quando li, foi impossível não me apaixonar por Evelyn e todo o glamour da Hollywood antiga

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  2. Eu só não consigo acreditar até hoje que Evelyn não exista, que Daisy Jones não exista como banda, como pessoas.
    Taylor é maravilhosa e consegue fazer a gente terminar seus livros, buscando por mais, querendo que as pessoas existam sim e tenham toda a história dentro delas!!!
    Eu amei esse livro, amei demais!!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Não sei... pelo que vc escreveu me lembrou bastante daisy jones, que eu não achei maravilhoso apesar de ter gostado, acho que vou ter que ler mesmo pra ver se vou gostar ou não...

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  4. Eu lembro quando li esse livro esse ano, estou me segurando pra não refazer a leitura, pois eu gostei demais, é uma biografia contada pela Evelyn, mas parece ser bastante real. Parece ser metade do que as atrizes fizeram pra conseguir chegar onde chegar

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  5. Olá! Esse livro foi meu primeiro contato com a escrita da Taylor e não poderia ter começado melhor, eu amei a história e a maneira que a autora nos entrega cada pedacinho dela e confesso que chorei horrores por acompanhar tantas injustiças, preconceitos, pois apesar de ser uma ficção, bem sei que toda a hipocrisia aconteceu e ainda acontece até hoje e não só nesse universo glamoroso do cinema.

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