16 de jan. de 2022

Resenha: Jantar Secreto - Raphael Montes.

"Certa vez, num banheiro público, havia um poema:
 Você é o que você come. Você come o que você é"


A leitura do livro Jantar Secreto tem uma narração bastante fluida. É narrado em primeira pessoa, pelo Dante contando a sua história com os seus amigos Miguel, Hugo, Leitão que são jovens do interior, tentando ser independentes na cidade grande.

⚠️Alerta de conteúdo: Consumo de drogas, violência e canibalismo.

O livro Jantar Secreto - Raphael Montes trata-se da história de quatro jovens amigos passam em boas universidades e decidem se mudar para Copacabana cidade grande do Rio de Janeiro. Moram juntos em um ótimo apartamento e estudam o que gostam. Parece o início perfeito de uma nova jornada. Porém, os anos vão passando e o futuro dos quatro amigos se torna cada vez mais incerto. O país vive uma crise política e econômica, os jovens estão ficando desempregados e sem perspectiva, até que essa realidade difícil atinge a Miguel, Hugo, Leitão e Dante.


O livro não contém Ilustrações. Mas, o que me deixou mais desanimada é que o livro tem uma Diagramação Ruim com capítulos que começam na metade da página fazendo a leitura ser bastante cansativa.


Título: Jantar Secreto
Autor: Raphael Montes
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2016
Páginas:360
Categoria(s):Ficção
Avaliação: ☕☕☕

Sinopse: Um grupo de jovens deixa uma pequena cidade no Paraná para viver no Rio de Janeiro. Eles alugam um apartamento em Copacabana e fazem o possível para pagar a faculdade e manter vivos seus sonhos de sucesso na capital fluminense. Mas o dinheiro está curto e o aluguel está vencido. Para sair do buraco e manter o apartamento, os amigos adotam uma estratégia heterodoxa: arrecadar fundos por meio de jantares secretos, divulgados pela internet para uma clientela exclusiva da elite carioca. A partir daí, eles se envolvem em uma espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos, matadouros clandestinos e grã-finos excêntricos, e levam ao limite uma índole perversa que jamais imaginaram existir em cada um deles.

Raphael Montes nasceu em 1990, no Rio de Janeiro. Escritor e roteirista, publicou os romances Suicidas, Dias perfeitos, O vilarejo, Jantar secreto e Uma mulher no escuro, vencedor do Prêmio Jabuti 2020. Seus livros estão traduzidos em mais de 25 países e têm os direitos de adaptação vendidos para o teatro e o cinema. Escreveu os filmes Praça Paris, A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais. É criador, roteirista-chefe e produtor-executivo de Bom dia, Verônica, série de sucesso na Netflix, vencedora do Prêmio APCA 2020 nas categorias melhor ator, melhor atriz e melhor dramaturgia.


Acho que a primeira vez que eu ouvi falar sobre Antropofagia nas aulas de história.... Antropofagia é um ato ritual de comer uma ou várias partes de um ser humano. Os povos que praticavam esse ritual faziam pensando que, assim iriam ter a vingança do seu povo morto pelo bando do prisioneiro.

Durante a narrativa, conhecemos uma charada através de Dante “Um homem entra num restaurante e pede uma sopa de gaivota…” que a primeira vista não tem um raciocínio lógico... E quando de fato os jantares começam a acontecer observamos que os meninos tem um conjunto de valores... Porém, a moral dos meninos começa a ser questionável de onde sairiam os corpos para arrumar a carne humana para os jantares. Enquanto leitora, eu percebi que houve uma preparação para chocar que funcionou no 67% do livro e depois ficou cansativo.


Entre os amigos, Leitão tem a história mais sofrida que guarda alguns traumas tendo alguns quadros esquizofrênicos durante a narrativa (aquelas cartas com delírios de uma vida perfeita...) e a relação romântica com a Cora, Faltou escrever sobre a importância do personagem durante a narrativa. Leitão, não era somente um jovem que comia pizza e fumava maconha.

Depois do 67% a história desandou demais, aconteciam coisas que nem em um mundo de ficção passariam despercebidas, situações que não tinham finalidade alguma, capítulos e mais capítulos pra encher lingüiça que fez a história se arrastar e em outros momentos era muito rápido. O plot não funcionou comigo... mesmo o autor tendo um raciocínio bastante lógico), o autor deixa muitas pistas óbvias ao longo da história e falta pouco esfregar a verdade na cara do leitor.


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