11 de novembro de 2024

Primeiras Impressões #34: Irmãs Blue- Coco Mellors.

Irmãs Blue é um livro de Ficção Feminina escrito por Coco Mellors lançado pela editora Astral. Irmãs Blue é o segundo livro escrito pela Coco Mellors a mesma autora de Cleópatra e Frankenstein.



A narrativa é dividida entre as três irmãs Blue: Avery, Bonnie e a Lucky. A história gira em torno das Irmãs Blue, quatro jovens mulheres que dividem a mesma família e traumas decorrentes de uma mãe pouco afetuosa e um pai alcoolista. É no aniversário de um ano da morte de Nicky, a terceira delas, que os fatos se desenrolam e Avery, Bonnie e Lucky se veem tendo que lidar com o luto da perda da irmã, junto a todos os problemas que elas foram ao longo desse tempo jogando para “debaixo do tapete”.

Sinopse: Quatro irmãs. Agora, três... Precisam lidar com a perda e as memórias deixadas pela irmã e retornar para a casa de sua família em Nova York nesta história inesquecível de luto, identidade e complexidades familiares. As três irmãs Blue são excepcionais e excepcionalmente diferentes. Avery, a mais velha, uma viciada em recuperação, é uma advogada conservadora e mora com a esposa em Londres. Bonnie, uma ex-boxeadora, trabalha como segurança em Los Angeles após uma derrota devastadora. Lucky, a mais nova, é modelo em Paris, enquanto tenta superar seu jeito festeiro. Por fim, Nicky, cuja morte inesperada deixou Avery, Bonnie e Lucky arrasadas, era, definitivamente, o elo que juntava essa complexa família.


Um ano depois, enquanto cada uma enfrenta a dor da perda, o vício e a ambição, as irmãs voltam a Nova York para impedir a venda do apartamento onde foram criadas. Contudo, voltar para casa nunca é tão fácil quanto parece. À medida que as irmãs enfrentam as decepções de sua infância e a perda da única pessoa que as mantinha unidas, elas percebem que os maiores segredos que guardavam talvez não fossem uma da outra, mas sim delas mesmas. Construído com a combinação exclusiva de humor e emoção de Coco Mellors, As Irmãs Blue retrata o que é preciso para continuar vivendo depois de uma perda e, por fim, para se apaixonar pela vida novamente.



Coco Mellors é uma escritora de Londres e Nova York. Ela recebeu seu MFA em Ficção pela New York University, onde foi bolsista Goldwater. Atualmente, ela mora em Los Angeles com seu marido. Cleópatra & Frankenstein é seu primeiro romance.

As primeiras 100 páginas... Não consegui conectar-me com a história. Embora, a narrativa dividida entre os personagens me agrade bastante o corte do tempo das lembranças do passado traumático entre as personagens deixa a leitura um pouco confusa...Segundo a porcentagem do kindle já passei da 50% da leitura então continuarei a leitura mesmo não esperando ser muito surpreendida com essa leitura.

 

"Uma irmã não é uma amiga. Quem é que consegue explicar a necessidade de olhar para a relação tão primordial e complexa de irmãs e reduzi-la a algo tão substituível, tão banal como a de amigas?"


19 de setembro de 2024

04 anos: Escrevendo sobre livros enquanto bebo um café expresso....

 

Foi com essa frase que eu comecei o Bookstagram Expresso Literário na segunda semana do mês de junho de 2020. Os livros me fizeram companhia na época do isolamento social em decorrência a pandemia de Covid19. Porém, os livros sempre foram presentes na mina vida... Quando eu entrei na blogosfera eu escrevia as minhas opiniões não solicitadas e tirava algumas fotos dos livros que eu estava lendo no momento mas, eu tinha receio de escrever somente sobre o nicho literário.

No início da pandemia, surgiram muitas leituras coletivas na internetês... Em uma dessas leituras conheci o termo Booksgram que nada mais é que um Instagram literário (Eu já tinha criado um perfil com fotografias e quotes literários em 2017 com o nome Expresso Literário mas, troquei o celular na época e perdi a senha.). No segundo semestre, criei o Booksgram Expresso literário com as fotografias e resenhas literárias que eu escrevia com pouca frequência no meu blog pessoal... O meu conteúdo literário que eu escrevia/fotografava tinha muita referência dos conteúdos que eu já fazia no blog óbvio que no instagram não funcionava... As resenhas literárias que eu escrevo em duas páginas não cabem nos caracteres do Instagram sem ser de uma forma resumida. As minhas fotografias não tinha um cenário que chamasse atenção para a leitura.


No início de novembro quando a ideia de criar um blog foi tomando forma, e eu resolvi seguir em frente com ela. Assim, o Expresso Literário foi ao ar em 12 de novembro de 2020! Um Blog Literário com extensão ao perfil literário no Instagram... Tanto o Blog como o Instagram têm como temática a literatura, como objetivo principal o incentivo à leitura! Graças ao Expresso Literário consegui conquistar um público bem diversificado...Conheci outras leitoras que se tornaram grandes amigas, conheci leituras incríveis e fui pela primeira vez na Bienal do Livro em São Paulo. Usei as aulas de Fotografia do curso técnico para fotografar os meus livros e aprendi a criar cenários fotográficos.

Na medida, em que fui mudando a forma de criar conteúdo literário no Booksgram senti a necessidade de recomeçar (consegui recuperar o e-mail e a senha do primeiro perfil literário) esse foi o sinal que eu precisava para realmente começar um instagram do zero!


O conteúdo literário aos poucos está sendo “reciclado” para ser remanejado para o novo perfil... Juntamente com as leituras que eu tenho feito atualmente. Mas, nada disso teria sido possível sem o apoio de vocês: leitores e visitantes! Incentivar a leitura ainda é algo que me deixa insegura, mas adoro dar opinião sem ser solicitada. Principalmente, quando alguém diz que incentivei a leitura do livro X só por escrever a resenha literária com a minha opinião.

Obrigada pelo carinho e incentivo em todos esses anos ♥
Bookstagram: @expresso.literario

30 de agosto de 2024

Resenha: Nunca vi a chuva - Stefano Volp .

 Nunca senti minha alma tão vazia.
 Tão inútil. Sem pertencer a ninguém.


Nunca vi a chuva é uma ficção recheado de dramas existênciais e cotidianas escrito por Stefano Volp lançado ano passado pela Galera Record.

Enquanto escrevo em você, me pego olhando para o meu pulso direito. As cicatrizes ainda estão aqui. Todas elas. Algumas mais profundas do que as outras. Riscam minha pele negra e não me deixam esquecer das vezes em que eu desejei sangrar até a morte.

Nunca vi a chuva é narrado em primeira pessoa por Lucas, em forma da escrita um diário terapêutico solicitado por sua psicóloga. Lucas foi adotado por uma família rica e mora em Portugal. Aparentemente Lucas tem uma vida perfeita se não fosse pelas marcas dos cortes em seu pulso... Conhecemos Lucas através da sua escrita terapêutica. Ele ainda é considerado um adolescente de dezenove anos e faz o leitor compreender aos poucos as suas crises existênciais comum de um adolescente. Apesar de, ter sido adotado por uma família rica que mora em Portugal os seus pais são ausentes... Deixando-o aos cuidados da empregada.



Nunca vi a chuva
Stefano Volp
Ano: 2023
Páginas: 225
Editora Galera
Avaliação: ☕☕☕


A história começa quando Lucas descobre a traição do seu melhor amigo com a sua namorada e resolve dar o fim a sua vida... No ato, alguém manda um vídeo do Youtube de Rafael um adolescente com a mesma idade e com aparências semelhantes à de Lucas.

⚠️Aviso de gatilhos: Negligencia e abandono parental abuso de álcool e drogas ilícitas por adolescentes, tentativa de suicídio, depressão e aborda temas como ansiedade e luto. Embora tenha protagonismo PCD um dos personagens é bastante capacitista em várias situações.

Sinopse: Se todos acham que você tem a vida perfeita, como seria justamente você a discordar? De Stefano Volp, uma das vozes mais potentes e brilhantes da nova geração de autores nacionais. Nunca vi a chuva convida o leitor a entrar no diário e na mente de Lucas, um jovem em busca do próprio caminho em um mundo ao qual parece não pertencer, não importa o quanto tente.


Em teoria, Lucas parece ter a vida perfeita. Adotado por uma família rica, ele mora em Portugal, tem amigos e uma namorada que ama. Mas se não há nada do que reclamar, então de onde vem esse vazio que não consegue evitar sentir? Quando as brigas com os pais e uma desilusão amorosa o levam a um limite do qual já se aproximava a passos largos, o jovem decide que não há mais motivo para viver. Prestes a tomar uma decisão da qual não há retorno, uma mensagem em seu celular o faz repensar tudo: um vídeo de alguém idêntico a ele, exceto pelo fato de ter uma deficiência visual. Incrédulo com essa reviravolta, Lucas resolve abandonar a vida em Portugal e partir rumo ao interior do Rio de Janeiro atrás de respostas sobre quem é o seu gêmeo e o que isso pode revelar sobre seu passado.


Às vezes, dentro de mim, acho que eu sou mais sensível do que pareço. Até tenho vontade de chorar, mas as lágrimas não vêm. É como se eu não soubesse mais produzi-las.

Stefano Volp nasceu em 1990, no Espírito Santo, e radicou-se no Rio de Janeiro. Escritor, roteirista e tradutor, é autor de Homens pretos (não) choram, O beijo do Rio e O segredo das larvas. Volp vive com o companheiro, é viciado em bolo de festa e escreve roteiros para o audiovisual. –Este texto se refere à uma edição esgotada ou disponível no momento.


A minha percepção durante a leitura é que a escrita terapêutica não funcionou durante essa narrativa. O protagonismo de Lucas e Rafael seria melhor explorado se os capítulos fossem divididos entre dois pontos de vista. Nas primeiras páginas, a imaturidade de Lucas é bastante irritante... Ele é um garoto imaturo para um garoto de dezenove anos que precisa “sair da bolha” e viver uma realidade diferente da sua... Embora, sua família adotiva seja rica eles são pais negligentes. Durante a narrativa Lucas fala que seus pais iam em várias viagens e deixava-o aos cuidados da empregada... Enquanto leitora eu também fiquei indignada com a gestação da mãe depois de dezenove anos! É bastante compreensível a sensação de abandono e de não encontrar um lugar naquela família. O ponto alto do livro foi o encontro do Lucas com o Rafael no Rio de Janeiro, esse é o choque de realidade em que Lucas precisava para amadurecer e dar mais valor aos seus pais adotivos e encontrar motivos suficientes para continuar vivo.

A leitura de Nunca Vi A Chuva foi uma leitura rápida. Mas, cheia de furos e personagens sem sentido que não se aprofundou em nenhum assunto importante para o transcorrer da história. O protagonismo PCD é marcado com bastante capacitismo do personagem principal. Apesar de tudo isso, eu gostei da leitura.

Isso vai ser difícil de explicar, mas a verdade é que não era bem como se eu quisesse tirar a minha vida, eu só queria fazer a angústia parar.


26 de agosto de 2024

Primeiras Impressões #33: Nunca vi a chuva - Stefano Volp.

Nunca vi a chuva é um livro de ficção escrito por Stefano Volp que é narrado em primeira pessoa por Lucas, um garoto de 19 anos que foi adotado por uma família rica e mora em Portugal. Aparentemente Lucas tem uma vida perfeita se não fosse pelas marcas dos cortes em seu pulso...
 

Sinopse: Em teoria, Lucas parece ter a vida perfeita. Adotado por uma família rica, ele mora em Portugal, tem amigos e uma namorada que ama. Mas se não há nada do que reclamar, então de onde vem esse vazio que não consegue evitar sentir? Quando as brigas com os pais e uma desilusão amorosa o levam a um limite do qual já se aproximava a passos largos, o jovem decide que não há mais motivo para viver. Prestes a tomar uma decisão da qual não há retorno, uma mensagem em seu celular o faz repensar tudo: um vídeo de alguém idêntico a ele, exceto pelo fato de ter uma deficiência visual. Incrédulo com essa reviravolta, Lucas resolve abandonar a vida em Portugal e partir rumo ao interior do Rio de Janeiro atrás de respostas sobre quem é o seu gêmeo e o que isso pode revelar sobre seu passado.


Nas primeiras páginas, a imaturidade de Lucas é bastante irritante... Ele é um garoto imaturo para um garoto de dezenove anos que precisa “sair da bolha” e viver uma realidade diferente da sua... Embora, sua família adotiva seja rica eles são pais negligentes. Durante a narrativa Lucas fala que seus pais iam em várias viagens e deixava-o aos cuidados da empregada... Enquanto leitora eu também fiquei indignada com a gestação da mãe depois de dezenove anos! É bastante compreensível  a sensação de abandono e de não encontrar um lugar naquela familia. O choque de realidade parece que esta acontecendo quando ele viaja para o Rio de Janeiro/RJ para conhecer Rafael um menino muito parecido com ele que vive com uma familia humilde e é uma Pessoa Com Deficiência (PCD)


Escrito em forma de diário a partir do olhar e da narrativa inconfundíveis de Stefano Volp, um dos grandes novos nomes da literatura brasileira, nunca vi a chuva é um relato intimista e profundo de um jovem descobrindo seu caminho e seu lugar no mundo.


24 de agosto de 2024

[Recebidos]: 🗑️💀 Nem Tudo Que Resta é Lixo 💀 🗑️ - Sarah Krasnostein.

 NADA É RESTO, NADA É LIXO , QUANDO FALAMOS DE 
PESSOAS,VIDAS E SONHOS.

Olá cafézinhos!!! Nem Tudo Que Resta é Lixo da escritora Sarah Krasnostein chegou por aqui o novo lançamento da Darkiside. e vai ser meu primeiro contato com a escrita da autora, então estou bem animada para ler.

Sinopse: Homicídios e suicídios, incêndios e inundações, acumuladores e viciados. Quando propriedades são danificadas ou negligenciadas, cabe separar as cinzas ou limpar a bagunça da vida ou morte de uma pessoa. Os clientes de sua empresa de limpeza de traumas incluem agentes da lei, agentes imobiliários, executores de heranças e organizações de caridade que representam pessoas vitimadas, doentes e idosas. Em casas e edifícios que caíram no abandono, Sandra ventila os odores dos residentes, descarta pornografia bizarra, fotos, cartas e os últimos vestígios de seu DNA enterrados em sabonetes e escovas de dentes. Os restos e lembranças dessas vidas ressoam em Sandra. Antes de começar a limpar profissionalmente esses traumas, ela experimentou seus próprios. Primeiro, como um menino criado em meio à violência e excluído da família. Depois, como marido e pai, drag queen , paciente de redesignação de gênero, profissional do sexo, empresária e esposa troféu. Em cada papel que desempenhava, tudo o que Sandra queria era pertencer.


Nem tudo que resta é lixo é a extraordinária história de uma mulher dedicada a trazer ordem ao caos com empatia e compaixão, revelando os pontos em comum que Sandra Pankhurst, e todos nós, compartilhamos com aqueles atingidos pela tragédia. As memórias e os trabalhos peculiares transformaram sua trajetória em um aterro de lembranças não perecíveis: uma mulher que dorme entre o lixo que não descarta há quarenta anos; um homem que sangrou silenciosamente até a morte em sua própria sala; a natureza morta de uma casa abandonada devido a uma overdose acidental. Sandra já limpou todo tipo de lugar, sempre munida de sua empatia e coragem.


A escritora e jornalista Sarah Krasnostein observou Sandra Pankhurst ter cuidado com essas vidas ― tanto as vivas quanto as mortas ― e o livro que ela escreveu é tão extraordinário quanto Sandra. Nem tudo que resta é lixo integra a coleção Profissionais da Morte , ao lado de best-sellers poderosos como Confissões do Crematório , de Caitlin Doughty, Ossos do Ofício, de Sue Black e Segredo dos Corpos, de Vincent DiMaio. Livros com relatos surpreendentes e repletos de vivacidade onde diferentes profissionais que vêem a Morte todos os dias dão a sua versão do que é estar vivo.

Esta narrativa não é apenas uma trajetória de superação em meio a uma vida complexa, brutal e fascinante. É a comprovação de que podemos transformar o chorume ácido e azedo de nossas cicatrizes em uma água límpida capaz de nos curar.   deu forma e vida nova a tudo que estava apodrecido ao seu redor. Uma história que nos prova definitivamente que nada é resto, nada é lixo, quando falamos de pessoas, vidas e sonhos.


Sarah Krasnostein nasceu nos Estados Unidos, estudou em Melbourne e já morou e trabalhou nos dois países. Tem doutorado em direito criminal e é professora e pesquisadora de direito. Seu ensaio “The Secret Life of a Crime Scene Cleaner” foi publicado no site Longreads e listado entre as dez histórias mais populares de 2014 do site Narratively. Ela mora em Melbourne e passa uma parte do ano trabalhando em Nova York. Nem tudo que resta é lixo é seu primeiro livro, e ganhou prêmios importantes como o Victorian Prize e o Douglas Stewart Prize.

Quando eu ler trago a resenha para vocês!


© Expresso Literário
Maira Gall