[Resenha] As margens e o ditado - Elena Ferrante

 

“Escrever é apoderar-se de tudo o que já foi escrito e aprender aos poucos 
a gastar aquela enorme fortuna”. 
Ensaio Histórias, eu.


O livro As margens e o ditado - Sobre os prazeres de ler e escrever é um livro de não ficção escrito por Elena Ferrante lançado no início desse ano pela ed. Intrínseca. As margens e o ditado é composto por três palestras e um ensaio, Elena Ferrante escreve sobre a sua jornada como leitora e escritora e oferece um raro olhar sobre as origens de seus caminhos li­terários. Par­tindo de suas brilhantes reflexões a respeito dos trabalhos de Emily Dickinson, Gertrude Stein, Ingeborg Bachmann e outras, ela propõe, então, uma fusão do talento feminino.


Como a Elena Ferrante foi apresentada a escrita foi a parte que eu mais me identifiquei... Somos apresentados primeiro aos limites (linhas e as margens) depois aprendemos a escrever... Além dos limites, era imposto que as crianças tivessem a “letra bonita” e a pressão de manter a organização dos cadernos escolares. Ferrante in­dica uma passagem secreta para o processo de criação de suas obras mais conhecidas. A autora aborda como criou e quais as mo­tivações de suas emblemáticas personagens Lenu e Lila, deixando pistas do quanto as duas incorporam o próprio dilema da lite­ratura para ela.


Título: As margens e o ditado
Autora: Elena Ferrante
Tradução: Marcello Lino
Editora: Intrínseca
Páginas: 128
Avaliação:⭐⭐⭐⭐⭐




As margens e o ditado é um livro de leitura rápida. Porém, não é uma leitura fácil... Ano passado, eu tive a oportunidade de ler algo de Elena Ferrante com a leitura do livro A vida mentirosa dos adultos e pude comprovar a voracidade e força das suas personagens femininas.


Sinopse: Em 2020, a The Oprah Magazine descreveu a amada e prestigiada romancista italiana Elena Ferrante como “um oráculo entre os autores”. Nos breves ensaios reunidos em As margens e o ditado, a autora fala sobre a própria jornada como leitora e escritora e oferece um raro olhar sobre as origens de seus caminhos literários. Escreve a respeito de suas influências, lutas e sua formação intelectual, descreve os perigos do que ela chama de “língua ruim” e sugere maneiras pelas quais a tradição há muito excluiu a voz das mulheres. Partindo de suas brilhantes reflexões a respeito dos trabalhos de Emily Dickinson, Gertrude Stein, Ingeborg Bachmann e outras, Ferrante propõe, então, uma fusão do talento feminino. Ao discorrer sobre o tênue equilíbrio entre seu gosto por limites e organização ― por permanecer dentro das margens ― e seu desejo por desordem e clamor, ela indica uma passagem secreta para o processo de criação de suas obras mais conhecidas: a Tetralogia Napolitana, Dias de abandono, A filha perdida e A vida mentirosa dos adultos. A autora aborda como criou e quais as motivações de suas emblemáticas personagens Lenù e Lila, deixando pistas do quanto as duas incorporam o próprio dilema da literatura para Ferrante.

O livro As margens e o ditado - Sobre os prazeres de ler e escrever é uma leitura que agradará principalmente aos leitores da autora italiana, os (carinhosamente nomeados) #ferranters . Embora, eu tenha conhecimmento dos livros da Ferrante... Eu terminei a minha a primeira leitura A vida mentirosa dos adultos esse ano, e me apaixonei pela escrita da Elena Ferrante.



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